Bichos do Bioparque: Depois da Jussara e a Gaby, é hora de conhecer a Maria Fernanda
Peixe fêmea, de cerca de 10 anos, é mais uma das “batizadas”, porém com um detalhe peculiar: o nome é o mesmo da diretora do maior complexo de água doce do mundo, em Campo Grande.
Graziela Rezende –
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Coletada no Rio Aquidauana no início deste ano, a Jaú do Bioparque Pantanal ganhou o nome de Maria Fernanda. O peixe fêmea, de cerca de 10 anos, é mais uma das “batizadas”, porém com um detalhe peculiar: o nome é o mesmo da diretora do maior complexo de água doce do mundo, em Campo Grande.
De nome científico Zungaro jahu, o peixe é considerado um dos maiores predadores dos rios. A Maria Fernanda, que foi coletada mais especificamente no dia 27 de janeiro deste ano, pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), fica no tanque Rio Grande e divide espaço com pacus e dourados.
Conforme a administração do parque, ela tem 25 quilos e pouco mais de um metro. Esta espécie, no entanto, pode viver ao menos 50 anos e chegar a 100 quilos.
No lugar dos dentes possui uma placa, como se fosse lixa. Quando em seu habitat natural, a espécie habita o canal principal de rios, normalmente poços e áreas profundas, saindo dessas regiões para alimentação.
Tem também comportamento reprodutivo migratório, onde utiliza a calha do rio principal como local de reprodução.
“Para mim é um prazer ter um peixe do Bioparque com meu nome, ainda mais por ser um animal tão representativo nos rios do Pantanal. Fiquei muito feliz quando recebi a homenagem, foi uma surpresa boa”, disse ao Jornal Midiamax a coordenadora do local, Maria Fernanda Balistieri.
Além da Maria Fernanda, Jussara e a Gaby, ainda de acordo com a administração do parque, Saulo é o nome de batismo de outro animal, sendo este também o nome de um funcionário do Bioparque. Nos próximos dias, a intenção é também dar nomes a outros animais.
A simpática Jussara, quem é?
É uma arraia simpática, que parece estar sorrindo a todo momento para os visitantes do Aquário do Pantanal, lançado no dia 28 de março, na capital-sul-matogrossense. Nas redes sociais, inclusive, até quem nunca visitou o local já tinha se encantado com a arraia Jussara.
Responsável pela favorita, o LII (Laboratório de Ictiologia do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) mostrou todo o processo de transferência da estrela para o Aquário. O translado aconteceu em 15 de março, treze dias antes das portas do Bioparque serem abertas em Campo Grande.
Jussara está no tanque denominado “Planície inundada”. “Foram muitas conversas para determinarmos sua transferência e hoje ela habita um tanque com diferentes espécies de Characiformes (tetras, piaus) e demais espécies de peixes pantaneiros”, explica o LII.
Arraia “pintadinha” também faz sucesso
Assim como a Jussara, uma arraia ou raia, também atrai olhares dos visitantes, principalmente pelo corpo todo pintadinho e, é claro, a abertura da boca, que parece um sorriso emitido para quem está do outro lado do vidro. Até o momento, ela ainda não foi batizada com um nome e a previsão é que cheguem mais irmãs ao longo das próximas semanas.
De nome científico Potamotrygon leopoldi, a arraia é de origem amazônica e chegou no mês de maio no Aquário do Pantanal. Dessa forma, ela fica no tanque nomeado amazônia submersa. Outros 11 animais da mesma espécie estão distribuídos nos tanques Tropical, Rio de Bonito, Riacho de Cabeceira e Planície de Inundação.
Sucuri de 3 metros, a Gaby, é outro destaque do Bioparque
A sucuri de 3 metros, batizada de Gaby em homenagem à cantora paraense, veio do mesmo bioma. A informação foi revelada pelo biólogo Allyson Favero, do Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), e divulgada pelo Jornal Midiamax em abril deste ano.
Conforme Allyson, a cobra, que ainda não tem nome, veio do Pará direto para Mato Grosso do Sul. Logo, a origem do animal levantou um questionamento: por que, justamente, a sucuri do Aquário do Pantanal não é do Pantanal?
Ao MidiaMAIS, o biólogo explica: “É porque a gente não tira um animal da natureza. Fomos atrás de criadouros que tinham disponíveis, e só apareceu ela no Pará”, sana Allyson, destacando que a serpente já chegou a morar em Mato Grosso do Sul por algum tempo e depois retornou para a região norte.
“É uma cobra que já tem bastante experiência em questão de criadouro. A gente não tem um criadouro de sucuris em MS, por isso é necessário recorrer a quem tem”, ressalta. “Temos o Cras, e quando chega alguma sucuri machucada nós tratamos, só que não é um criadouro”, destaca o biólogo.
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