Quem vê cara não vê coração? Entre as mais de 220 espécies no maior tanque de água doce da América Latina, há um parente de tubarão simpático, que pode enganar pelo “sorriso”, mas tem a pior ferroada do mundo.

Trata-se de Jussara, a famosa arraia do Bioparque que roubou o coração dos campo-grandenses por recebê-los com a “maior alegria” em seu tanque no Aquário. Jussara parece estar sorrindo a todo momento para os visitantes por conta de sua boca, mas não é a única arraia do local.

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Jussara já pode ser considerada a mascote do Aquário do – (Fotos: Laboratório de Ictiologia do Imasul/Reprodução)

Assim como ela, uma outra arraia também atrai olhares dos visitantes, principalmente pelo corpo todo pintadinho e, é claro, pela abertura da boca, que parece um sorriso emitido para quem está do outro lado do vidro. Até o momento, ela ainda não foi batizada com um nome e a previsão é que cheguem mais “irmãs”.

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Arraia ainda não foi batizada – (Fotos: Reprodução)

Parente de tubarão?

De nome científico Potamotrygon leopoldi, a arraia pintadinha é de origem amazônica e chegou no mês de maio ao . Dessa forma, ela fica no tanque nomeado submersa. Outros 11 animais da mesma espécie estão distribuídos nos tanques Tropical, Rio de Bonito, Riacho de Cabeceira e Planície de Inundação. 

“Esse bicho é parente do tubarão e ficou isolado na Amazônia quando a cordilheira levantou e se adaptou à água doce. A boca sempre fica por baixo porque ela está sempre no fundo do rio. Mas o aparelho respiratório, que é incrível, está dividido na parte de baixo e na parte de cima”, explica o famoso biólogo Richard Hasmussem em vídeo nas redes sociais.

“A arraia é um peixe cartilaginoso, isso quer dizer que não tem ossos, e assim é parente dos tubarões. A defesa dela é pela cauda, cheia de espinhos. Quando você pisa no animal é quando ela ferra. E o ferrão, meus amigos… dói muito, porque ele entra de um jeito e sai de outro”, explica Hasmussem.

“Ele entra que nem uma fisga facilitada. É como um anzol: o anzol entrou fácil, mas pra sair é difícil. A pele que cobre o ferrão tem como se fosse uma toxina, quando o ferrão entra, essa pele arrebenta e aí solta essa toxina que faz com que o ferimento demore muito, muito tempo pra curar. E quando ele sai, o ferrão, sai arrancando. Os ferimentos de arraias são perigosos”, ressalta o biólogo.

E você, foi um dos que se encantou pela Jussara sem saber que ela era parente de tubarão? E agora, ficou com medo?

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