Apesar da imunização, aperto de mão segue ‘banido’ devido à pandemia em Campo Grande

O MidiaMAIS foi até o centro da Capital para descobrir como está o atual comportamento dos moradores em relação ao aperto de mão. Confira

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Aperto de Mão
Enquanto aperto de mão está 'suspenso', moradores alegam preferência pelo 'soquinho' (Foto: Marcos Ermínio/Jornal Midiamax)

Nesta terça-feira (21) comemora-se o Dia Internacional do Aperto de Mão, um dos cumprimentos mais famosos e usados do mundo. No entanto, desde o início da pandemia em 2020, o ato foi suspenso para evitar o contato direto com pessoas e, assim, ajudar a acabar com a propagação do vírus. Porém, dois anos depois e com o índice de imunização alto, será que os moradores de Campo Grande voltaram a usar o ‘aperto de mão’ para dar ‘oi’ aos demais?

O MidiaMAIS foi até o centro da Capital para descobrir como está o atual comportamento dos moradores perante essas mudanças. Agora que o uso de máscara já não é mais obrigatório e a sociedade passa a ter um gostinho da ‘normalidade’, algumas pessoas voltaram a utilizar o toque das mãos como antigamente.

No entanto, a maioria dos entrevistados alega ter ‘banido’ temporariamente o aperto de mão, pelo menos até que a Pandemia, de fato, acabe.

Graziele Monteiro
Graziele Monteiro afirma se sentir segura para dar aperto de mão e beijinhos no rosto (Foto: Stephanie Dias/Jornal Midiamax)

Graziele Monteiro trabalha como auxiliar de cobrança e tem 18 anos de idade. Durante os piores momentos da pandemia, ela afirma que apenas cumprimentava as pessoas de longe. No entanto, o cenário atual de imunização deixou ela mais tranquila. Agora, afirma não ter nenhum receio.

“Cumprimento agora normalmente com aperto de mão, beijinho no rosto como eu sempre fazia antes de começar a pandemia […] voltei ao normal”

Questionada se pegou costume de alguma saudação que surgiu com a Covid-19 — como o soquinho de mão, chutinho de pés e toque de cotovelos — a jovem afirma que não largou mais o ‘soquinho’.

No entanto, o comportamento é um pouco diferente para o Gesiel Abner dos Santos, eletricista de 21 anos. Ele ‘baniu’ o aperto de mão no início da pandemia e não voltou a utilizá-lo desde então. Gesiel afirma não se sentir seguro ainda.

“Eu só cumprimento de longe só […] é uma forma de evitar a contaminação, até porque a gente tem pessoas em casa que também podem correr esse risco de serem contaminadas”, revela o eletricista.

Gesiel Abner dos Santos
Gesiel Abner dos Santos apenas dá ‘oi’ à distância (Foto: Stephanie Dias/Jornal Midiamax)

Mudança comportamental

Para a confeiteira Maria Aparecida Ferreira, 37 anos, a pandemia afetou no psicológico das pessoas de uma forma tão profunda que os comportamentos não serão mais como antigamente. Mesmo vacinada, ainda não se sente pronta para apertar a mão de conhecidos ou desconhecidos na rua, especialmente porque tem problemas de saúde e mora com a mãe idosa.

“Infelizmente, dado esse problema que estamos enfrentando, não mais. Eu tinha o hábito de cumprimentar com um aperto de mão, beijo no rosto ou abraço. Mas infelizmente por hora não podemos […] primeiro a gente pensa na saúde”

Maria trabalha no centro de Campo Grande e percebe que demais pessoas continuam evitando contato direto com outras.

“Eu já notei que as pessoas também já se habituaram, então elas também têm medo, elas não pegam nem o panfleto mais na mão da gente porque tem medo […] ficou no psicológico da gente, não tem como. Vai ser difícil sair”.

Roberta Vendraminy
Roberta Vendraminy diz que só aperta a mão da mãe, em casa (Foto: Stephanie Dias/Jornal Midiamax)

Por hora, mesmo com o risco mais baixo, ela prefere interagir com as pessoas à distância ou por meio das redes sociais. “Lá eu posso mandar beijinho, abraço, mas pessoalmente infelizmente só de longe”, finaliza.

O mesmo é observado por sua amiga, Roberta Vendraminy, cabeleireira de 31 anos. Atualmente, ela só cumprimenta os demais de longe ou com ‘soquinho’, mania adotada durante a pandemia.

“Está voltando outro surto da doença de novo, então está complicado. Mas eu prefiro o ‘soquinho’ mesmo. De dois anos para cá eu peguei esse costume, só o soquinho”.

A cabelereira ainda afirma que está esperando a situação pandêmica melhorar para retornar aos antigos hábitos. Por enquanto, o que resta é a saudade. “Sinto falta de um abraço, do aperto de mão, de poder fazer carinho em uma pessoa que ama. Querendo ou não, dentro da nossa própria casa não está podendo fazer mais isso”. Para Roberta, o importante é se cuidar.

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Dia Internacional do Aperto de Mão

O Dia do Aperto de Mão é comemorado internacionalmente em 21 de junho. O aperto de mão é um dos símbolos corporais mais utilizados em diversas culturas ocidentais, e representa um sinal de concordância.

Considerado um dos cumprimentos humanos mais antigos, o aperto de mão representa um sinal de paz. Segundo a cultura, é mais utilizado entre os homens. Conforme a simbologia deste gesto, acredita-se que o aperto de mão era usado para indicar que a pessoa não carregava uma arma consigo e que estava se apresentando total confiança e amizade.

Assim, o Dia Internacional do Aperto de Mão foi criado para reforçar as relações sociais, de cordialidade e respeito entre as pessoas.


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