MidiaMais trouxe exemplos de pessoas que transformaram um hobby em uma nova paixão durante a pandemia.

Mas antes, vamos entender um pouquinho como tudo isso começou? O Dia Mundial do , comemorado no dia 16 de abril, é uma iniciativa do World Leisure Organizations (Organização Mundial de Lazer) com a coordenação do Centro de Excelência em Estudos do Lazer (WLCE/USP), em parceria com o Laboratório de Gestão das Experiências de Lazer (LAGEL) e o Sesc.

Segundo as informações divulgadas pela assessoria de imprensa do Sesc, objetivo da data é destacar a importância do lazer para uma sociedade mais feliz, ampliar as possibilidades desta manifestação e promover a reflexão sobre os acessos e dificuldades ainda existentes. Segundo os organizadores, o lazer é um direito social.

Descobrindo uma nova habilidade

Maria Silvia Bezerra da Silva, 23 anos, é psicóloga e se interessou pela restauração de móveis durante o isolamento social. Antenada com práticas de DIY (faça você mesmo) e reformas de objetos, ela aproveitou que estava em casa para desenvolver a habilidade.

“Com a pandemia e a nova necessidade de ter um home office para estudar e trabalhar, precisei arrumar mobiliário para montar um escritório e não tinha muito capital para comprar tudo novo. A partir daí, comecei a buscar móveis que familiares estivessem se desfazendo ou até alguns que eu mesma já tinha e os transformei de acordo com o que eu queria para o meu escritório”, contou a psicóloga.

Nas horas vagas, o passatempo de Maria Silvia é dar vida aos objetos antigos, proporcionando a eles uma nova chance de uso. Além de economizar bastante dinheiro, a jovem também se distrai criando identidade às peças que reforma.

“Tenho a sensação de estar construindo uma peça única, com todas as características que me agradam e evitando que algo que ainda tem utilidade seja jogado fora, produzindo ainda mais lixo”, explicou Maria.

Antes e depois de móvel restaurado por Maria Silvia (Foto: Arquivo Pessoal)

 

De hobby a negócio

O engenheiro civil Perdigão e o professor de alemão Benjamin Möck, de 36 e 28 anos, respectivamente, também desenvolveram um novo hobby durante o isolamento social: trabalhos com madeira e resina. O que parecia uma atividade inocente de lazer, acabou se transformando em uma ideia para um novo negócio. Eles contaram ao Midiamax que descobriram o interesse em comum com o isolamento social e, desde então, trabalham em conjunto confeccionando as peças.

“Para mim é muito mais uma terapia do que um trabalho em si, pois é um trabalho que eu faço muito mais por prazer e relaxamento mental do que pelo trabalho propriamente dito ou por qualquer retorno financeiro que possa trazer”, disse Leonardo.

Benjamin, por sua vez, afirma que é gratificante “poder pegar uma madeira bruta que a natureza me proporciona e transformá-la em algo útil para nós. Ao invés de deixar aquilo decompondo nós aproveitamos e transformamos em algo que possa ser útil para as pessoas”.

Sem as atividades de lazer que o engenheiro tanto gostava de fazer, e sem as aulas presenciais do professor de alemão, ambos acabaram tendo muito tempo livre na agenda. Então, aproveitaram para descobrir um novo hobby.

Eles ainda contam que além de aliviar o estresse, também ajudou a intensificar a amizade. E foi assim que um simples passamento se transformou em uma ideia empreendedora.

Amigos Leonardo e Benjamin produzindo peças em madeira (Foto: Arquivo Pessoal)

 

Bandeja confeccionada pelos amigos (Foto: Arquivo Pessoal)