Universidade Federal de Alagoas estuda influência do clima sobre a Covid-19
O foco é o desenvolvimento de modelos matemáticos que ajudem a ciência a melhor entender a relação das variações climáticas das chuvas e da umidade da Amazônia, assim como a interferência dos efeitos ambientais provocados pela cobertura do solo e pela população da região.
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Durante os próximos três anos a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) irá coletar dados da natureza que possam explicar a influência do clima com a proliferação de doenças como a Covid-19. O foco é o desenvolvimento de modelos matemáticos que ajudem a ciência a melhor entender a relação das variações climáticas das chuvas e da umidade da Amazônia, assim como a interferência dos efeitos ambientais provocados pela cobertura do solo e pela população da região.
“No início da pandemia, acreditava-se que poderia haver uma influência significativa na transmissão do novo coronavírus em áreas tropicais, mas, com o tempo, estamos vendo que o efeito da sazonalidade do clima parece ser muito menor do que se imaginava em comparação com a flutuação sazonal nas regiões temperadas do mundo”, explica o pesquisador Humberto Barbosa, autor da pesquisa.
Barbosa é pesquisador do Instituto de Ciências Atmosféricas (Icat) e do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis), da Ufal. Para ele, entender a complexidade da pandemia demandará um holístico e transdisciplinar que aponte como se dá toda dinâmica da transmissibilidade da doença.
O pesquisador também destaca que o projeto poderá ajudar a comunidade científica mundial, além de ampliar a montagem do grande “quebra-cabeças” que é a Covid-19, desvendando enigmas ou pontos ainda não suficientemente esclarecidos sobre a transmissão e o impacto da doença em seres humanos.
A partir das informações colhidas pelo estudo, acredita-se que será possível a produção de técnicas de análises preditivas para um futuro monitoramento da influência do clima na sazonalidade da Covid-19, assim como para apoiar ações de controle sanitário na região.
A pesquisa foi um dos 109 projetos selecionados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), no âmbito do Programa de Combate a Epidemias. O Programa está estruturado em duas dimensões: Ações Estratégicas Emergenciais Imediatas e Ações Estratégicas Emergenciais Induzidas em Áreas Específicas.
*Com informações da Capes
Fonte: Agência Educa Mais Brasil
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