Designers usam jogo de cintura para driblar preconceito com profissão

Com o advento tecnológico e as facilidades dos aplicativos de criação, ficou ainda mais fácil apostar nesta profissão, mesmo sem formação.

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Tendo que aprender a lidar com incontáveis memes na internet e na vida real, os designers até brincam com a famosa frase “meu sobrinho faz isso de graça”. Mas engana-se quem acha que o trabalho deste profissional se resume, apenas, a criações e tratamento de imagens. Bom senso estético e criatividade não são suficientes para assegurar sucesso na carreira.

Criatividade, dinamismo, jogo de cintura e bastante senso de humor, aliados a uma mente brilhante, são alguns dos pré-requisitos para o profissional que comemora hoje (05/11) o Dia Nacional do Designer Gráfico.

Atuando no mercado há 15 anos, o designer Ricardo Kyukawa enfrentou diversos obstáculos ao longo da profissão, mas não desistiu. “No começo, sempre havia aquela brincadeira de ‘o sobrinho do chefe faz’ ou ‘é só uma marquinha, não demora tanto’ e isso mostrava o quanto que o profissional era desvalorizado. Hoje, as empresas enxergam o papel e a importância do profissional no mercado de trabalho e isso me enche de orgulho”, diz.

Kyukawa sempre esteve atento aos avanços tecnológicos, o que possibilitou transitar por diversas vertentes.  “Comecei como assistente de arte e criava peças para divulgação e hoje acompanho a evolução do chamado designer digital, que lida com a criação de banner, cards, sites, hotsite e novas tendências como o Instagram, Facebook, e-mail digital”, revela.

Atualmente, o papel do designer é ainda mais amplo. É ele quem lida também com a parte funcional dos produtos e do relacionamento com o cliente. Um exemplo disso é a atuação do profissional na criação de interfaces de aplicativos que têm o olhar voltado para as experiências do usuário com os aplicativos, sistemas ou sites.

“Durante toda a minha carreira, nunca vi essa expansão que está acontecendo agora, ganhando novas frentes e novas formas de trabalho. Hoje, a grande maioria que atua nessa área de UX (User Experience) / UI (User Interface) são designers e isso foi uma transformação que a área teve e que está bem em alta porque é um conhecimento super relevante para as empresas. Nosso papel é estar atentos às novas tendências pensando sempre na funcionalidade. Não basta somente deixar as coisas bonitinhas”, aponta o profissional.

 

Múltiplas atuações

Em geral, um designer passa, em média, quatro anos cursando uma faculdade para obter diploma de graduação. Cursos tecnólogos duram a metade deste período.

O designer gráfico atua com projetos de comunicação visual, visando atender as necessidades do mercado relacionadas à identidade visual, usabilidade de interfaces (UI e UX), etc. Por atuar tanto com produtos digitais, quanto com impressos, o campo profissional sofre bastante influência das inovações tecnológicas do mundo digital que disponibilizam ferramentas para criação e produção de peças gráficas. Normalmente, os designers utilizam softwares como Photoshop, Illustrator, Corel, InDesign, After Effects, entre outros.

Ter afinidade com desenho e gostar de arte são características desejáveis para quem pretende seguir carreira em Design Gráfico. Gostar de tecnologia é também importante, pois a atuação exigirá a utilização de muitas ferramentas de computação gráfica. As possibilidades de atuação são amplas, em estúdios de design, agência de publicidade e empresas em geral que sabem o valor da comunicação.

 

Fonte: Agência Educa Mais Brasil 

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