Faça chuva ou faça sol, Maria comparece com suas plantas para viver seu sonho de florista
Após desemprego, ela se reinventou como empreendedora
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Após desemprego, ela se reinventou como empreendedora
O sonho, no caso, é abrir uma floricultura, viver de ‘planta’, como ela mesmo diz, timidamente, após a equipe de reportagem se apresentar. “Estou aqui testando o negócio e acho que vai dar certo. Quero me formalizar, fazer tudo direitinho junto à Prefeitura, porque finalmente estou fazendo o que sempre quis, que era trabalhar por conta com algo que gosto”, revela Maria. Ela ficou desempregada recentemente, após 18 anos atuando como cuidadora de idosos e tantos outros como empregada doméstica. “Quando saí do serviço, meu filho conversou comigo e a gente está planejando abrir esse negócio”, acrescenta a florista.
O filho é Paulo César, que tem 33 anos e é arquiteto. Ele que notou o talento natural da mãe com as plantas e incentivou o negócio. “A gente desenvolveu os vasinhos de cimento, estamos aprimorando tudo. Algumas plantas a gente compra, replanta nos vazinhos e põe as pedrinhas. Outras são lá de casa, mesmo. Essa suculenta aqui foi um brotinho da que eu tenho em casa”, conta.
O preço dos produtos é bem democrático. A partir de R$ 5 reais é possível sair do espaço sem as mãos abanando. A média de preços é R$ 20, mas algumas plantas mais encorpadas, como um ‘bonsai’ de Rosa do Deserto, sai a R$ 60. “Planta muito grande dá trabalho, as pessoas estão sem tempo e querem essas pequenininhas, que são mais fáceis de cuidar. Eu vou me dedicar mais a isso, porque quero ter uma floricultura, um lugar pra plantar no chão, viver disso, sabe?”, conta.
Todo dia é dia de planta
A kombi verde-escuro, comprada especificamente para investir no negócio, estaciona todo dia de manhã, no máximo às 8h, no mesmo local. Mas, quem dirige é Paulo César, já que Maria não é habilitada. “Eu não dirijo, é o meu filho que traz. E quando ele sai do trabalho dele, a gente recolhe as plantinhas e volta pra casa, pois moramos perto. O movimento é bom, para muito carro, mas a ideia é mesmo abrir a floricultura, um lugar pra eu plantar e vender”, conta.
O trabalho não termina quando ela chega em casa. “Aí eu vou mexer com a terra, fazer os vasinhos de cimento, ornamentar tudo… Vou dormir lá pra meia noite”, relata. “Aqui é um ponto bom, eu até quis ver se conseguia um terreno arrendado, para eu poder fazer o negócio andar, porque aqui tem movimento bom. Faça chuva, faça sol, estou por aqui com as plantinhas”, comenta a florista.
Para finalizar, Maria destaca que o próximo passo do seu negócio é a formalização e é bem otimista. “Acho que vai dar certo. Quero formalizar, vai ser melhor para mim, para não fazer nada errado. A gente está vendo as possibilidades, mas por enquanto já vou tocando com as plantas”, conclui.
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