Cineasta e produtor planejam obras com Manoel de Barros e Ney Matogrosso

Dois projetos foram aprovados pela Ancine

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Dois projetos foram aprovados pela Ancine

Carioca de nascimento, mas douradense de criação, o cineasta Joel Pizzini tem uma filmografia voltada para cultura e a ‘mitologia’ sul-mato-grossense, como ele próprio diz. Com dois projetos aprovados pela Ancine (Agência Nacional do Cinema) ele e o produtor executivo Sérgio Pedrosa conversaram com o MidiaMAIS na tarde desta terça-feira (10) e contaram sobre futuros projetos que também envolvem o Mato Grosso do Sul.

Joel e Sérgio estiveram no gabinete itinerante da 80ª Expogrande em audiência com com o governador Reinaldo Azambuja e o secretário de cultura e cidadania Athayde Nery. Durante a reunião, eles apresentaram as ideias que incluem Ney Matogrosso e Manoel de Barros.

Sergio Pedrosa e Joel Pizzini em audiência com o governador Reinaldo Azambuja e Athayde Nery. (Henrique Kawaminami)

 

“São dois projetos que estão sendo examinados e não tem um tempo previsto ainda. Um deles é um disco do Ney Matogrosso com autores do estado, com músicas emblemáticas

que ele vai gravar pela primeira vez. São músicas como o Trem do Pantanal, Sonhos Guaranis com convidados. Esta é a proposta. O outro é um filme a partir de materiais de uma entrevista que fiz com Manoel de Barros, um filme de montagens, com cenas inéditas de Manoel”, conta.

Projetos em Andamento

Uma das obras que já está em andamento com apoio da Ancine é o filme ‘Madalena’ que conta a história de jovens inseridos no agronegócio. O enredo gira em torno de uma moça de classe média baixa que busca soluções e um rapaz que é filho de fazendeiro e começa assumir os negócios do pai.

Joel Pizzini. (Henrique Kawaminami)

 

A história vai abordar uma realidade vivida pelas famílias que têm dificuldades de envolver os descendentes como sucessores no agronegócio. “O personagem vive essa contradição, ao mesmo tempo que é um negócio da família e ele tem interesse nisso, ele também tem outros anseios, afinal de contas a situação da família apresentou ele a outras coisas”, detalha Sérgio.

“O que é interessante é o filme vai revelar um mundo tecnológico que as pessoas não imaginam que exista aqui. As pessoas imaginam em, Mato Grosso do Sul, vai ser um filme rural e é um filme híbrido, que tem esse universo da urbanidade que chegou aqui também”, explica Joel.

Segundo o produtor executivo, duas cidades sul-mato-grossenses já foram cotadas para locações. “Maracaju e Sidrolândia, que são cidades próximas e fica fácil fazer o deslocamento do elenco”, pontua.

A intenção é também aproveitar talentos da terra. “Já temos alguns atores, como a Maeve Jinkings – atriz com participações na Globo – e existe um desejo de conseguir estes atores jovens daqui, de fazer seleção e aproveitar pessoas daqui o máximo possível”, externa Sérgio.

Produtor executivo Sérgio Pedrosa. (Henrique Kawaminami)

 

Uma animação é o outro projeto com apoio da Ancine encabeçado por Joel e Sérgio. Trata-se de uma adaptação do livro infantil ‘O menino que engoliu o sol’ de Ricardo Pieretti. “Transformamos o livro em treze episódios de 7 minutos. Fala de um menino albino criado no Pantanal que tem essa questão da relação com o sol e faz também citações de poesias do Manoel de Barros”, adianta Sérgio.

Ele explica que a produção vai utilizar padrão de sobreposição de imagens do Pantanal. “Apesar de ser uma animação 2D, é uma técnica muito refinada. Ao mesmo tempo que também tem aquela ‘sujeirinha’, como grandes sucessos da animação do Brasil, que fogem daquela coisa Disney”, destaca sobre a obra que terá a direção de Patrícia Alves Dias. O primeiro episódio deve ser entregue em agosto de 2018.

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