Thaynara se livrou de abandono e abuso, e aos 18 anos sonha em ser médica
Jovem conta sua história ao MidiaMAIS
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Jovem conta sua história ao MidiaMAIS
Thaynara Vieira tem apenas 18 anos de idade, mas já viveu muita coisa. Era um dia bem comum na redação quando ela procurou o MidiaMAIS para contar uma história que, mesmo com pouco tempo de vida, já teve desafios e momentos ruins de sobra. “Meu nome é Thaynara, eu tenho 18 anos e fui criada em uma casa com meus avós, pois a minha mãe nunca me deu atenção. Meu pai não é daqui e sempre foi ausente. Minha avó que criava, minha mãe fez filhos sem se preocupar”, inicia o relato.
Segundo a jovem, a vida era cheia de privações pois a avó se mantinha com a pensão do avô por acidente. Aos 10 anos, ela perdeu o avô e foi morar com a mãe, que tinha um novo companheiro. “Minha avó dava certa liberdade e meu padrasto tinha muita autoridade, e fui tendo muitos problemas”. O lar se tornou repressivo quando ela começou a ser privada de coisas como brincar na rua e ir em aniversários. Segundo a jovem, apenas na Igreja que ela poderia ir. Em seguida, começaram as surras, que a mãe não intermediava nem protegia. “Sempre foi assim”, relembra.
Aos 12 anos, ela afirma que o padrasto iniciou algumas atitudes de abuso sexual. Pouco antes a adolescente procurou o Conselho Tutelar para denunciar as surras, mas lembra que não obteve muito resultado. “Quando iniciou essa situação, antes que acontecesse alguma coisa muito pior, decidi procurar de novo. A gente tinha um programa na escola de assistente social que conversava com a gente, que tinha suporte do Conselho e da Delegacia da Criança. Eu morava próxima do Conselho Tutelar do Aero Rancho. O conselheiro levou o caso para a Defensoria Pública. Um dia eu gritei e chamei pela minha mãe e ela me disse que a culpa do meu padrasto estar tentando me abusar era minha. Ela disse que eu tinha que dormir de calça jeans e coberta. Quando a Defensoria chegou, ela me pediu para não contar nada”, conta.
Na frente da mãe, Thaynara realmente não contou nada, mas depois procurou o defensor público, que tomou algumas providências. Thaynara, rejeitada pela mãe, foi abrigada e depois fugiu do abrigo. “Fui para a casa de uma amiga. Fiquei oito meses lá. A mãe dela viu que eu poderia me emancipar, me inscreveu no Instituto Mirim, e consegui”, comemora. Segundo ela, por abandono afetivo, o juiz autorizou sua emancipação. Aos 15 anos ela foi morar sozinha. “Eu tive muitas oportunidades de me envolver com drogas e prostituição. Muitas. Mas eu não quis. Continuei trabalhando”.
Novo capítulo
As sequelas da falta de apoio e das situações de abuso bateram fundo na autoestima de Thaynara, mas ela quer deixar o passado para trás. “Eu sempre fui ótima aluna, ganhei prêmios na escola. Sempre quis estudar. Quero ser médica”, revela. Aos poucos, ela foi entendendo o impacto da falta de um lar estruturado e hoje vive do seu próprio trabalho.
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