Sociólogo polonês Zygmunt Bauman, de ‘Amor Líquido’, morre aos 91 anos

Causa da morte não foi divulgada

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Causa da morte não foi divulgada

O sociólogo polonês Zygmunt Bauman faleceu nesta segunda-feira (9), segundo informações do site Wyborcza, da Polônia, informação confirmada por outras agências de notícias. Ele é considerado um dos grandes pensadores da modernidade, autor de livros como “Amor Líquido”, “Modernidade e Holocausto”, e outros. 

Crítico das redes sociais, Bauman disse em entrevista ao El País, há exatamente um ano, que elas “não ensinam a dialogar porque é muito fácil evitar a controvérsia… Muita gente as usa não para unir, não para ampliar seus horizontes, mas ao contrário, para se fechar no que eu chamo de zonas de conforto, onde o único som que escutam é o eco de suas próprias vozes”.

Nascido em Poznan, na Polônia, o sociólogo se formou na antiga União Soviética e acabou perseguido, principalmente pelo fato de ser judeu. Ele faleceu em Leeds, na Inglaterra, e a causa da morte não foi informada. 

Sua principal teoria, a “liquidez” das relações sociais na modernidade e pós-modernidade, abriu um vasto campo de estudos para as mais diferentes áreas, como a filosofia, a cultura, o relacionamento humano – com muito foco no individualismo e a efemeridade das relações – e até mesmo a revolução que as mídias digitais trouxeram para a sociedade moderna.   

Ativo, mesmo aos 91 anos, Bauman não parava de trabalhar em livros e teorias, sendo um dos maiores filósofos e sociólogos do fim do século 20 e início do século 21. Grande parte das obras de Bauman foram traduzidas para o português e, o último livro lançado traduzido no Brasil, foi “A riqueza de poucos beneficia todos nós?”.   

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