No Dia do Bombeiro a gente te mostra muito além do salvamento nas ruas
Prédio abriga as principais forças d e segurança
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Prédio abriga as principais forças d e segurança
O barulho estridente da sirene, que pode ser ouvido de bem longe, é o alerta de que eles se aproximam. Nas ruas, os carros abrem passagem à imponente viatura colorada que se dirige para mais uma missão. Eles chegam ao local e, com auxílio da polícia, entram na residência e impedem que o homem tire a própria vida.
Seria só mais uma ocorrência bem sucedida, não fosse os meandros acerca daquele fato. A própria vítima ligava para o 193 pedindo ajuda, no entanto, sem repassar informações precisas de onde estava. Ao telefone, a cabo do Corpo de Bombeiros, Sandra Sena de Souza, 38, após receber os primeiros dados do colega Gonzales, mantinha na linha o possível suicida, enquanto a equipe de plantão tentavam localizar o endereço.
“Fiquei com ele (vítima) ao telefone cerca de uma hora. Ele dizia apenas o nome da rua, mas não sabíamos o número da casa. Cada pista que eu conseguia tirar dele, o mínimo que fosse, já servia para tentar localizá-lo. Foi quando citou o nome da mãe que já havia sido atendida pelos bombeiros e começamos a cruzar os dados. Não deu outra, meus colegas chegaram até o local enquanto eu ainda estava com ele na ligação. Ele ainda ficou chateado comigo dizendo que eu o enganei”.
Todo esse desdobramento ocorreu em um lugar na qual poucas pessoas conhecem: o Ciops (Centro Integrado de Operações de Segurança), em Campo Grande. Nesse dia em que se comemora a categoria, o Midiamax foi ver de perto como é o dia a dia daqueles que não estão ao alcance dos olhos. Talvez você não saiba, mas quando presenciamos aquele ato heroico de salvamento, por exemplo, não estão presentes só os bombeiros envolvidos no fato, mas sim todas as forças. Isso porque o suporte necessário para tal desempenho vem do mesmo local.
“Aqui contamos com o empenho de todas as forças. Além do Corpo de Bombeiros temos também as polícias Militar e Civil, bem como a Guarda Municipal. Todos no mesmo objetivo em fazer o melhor para a população. É um trabalho conjunto”, explica o supervisor de despacho, Magno Mascarenhas.
Investigador há 14 anos, Olivardo Pires, está no Ciops há dois anos e não conhecia a fundo como era o trabalho dos colegas bombeiros. “Já passei por quase todas as delegacias dessa cidade e não sabia do trabalho das outras forças a fundo, sabia que existia um centro, mas hoje aqui dentro desse ‘coração’ sei como é essa movimentação. Se não tivesse o Ciops nada funcionaria”.
Com 26 anos de carreira, o tenente-coronel Fernando Ferreira, está em sua terceira passagem pelo Ciops e confessa que o “trabalho na rua é mais gostoso, se pudesse não sairia nunca”. Para a progressão na carreira ele teve que partir para os postos de supervisão, o que o impede de exercer diariamente, apenas em casos mais graves. Mesmo assim ele não abonda os equipamentos.
“Estamos sempre de prontidão, mas é muito difícil eu sair. A última vez que eu saí, quando ainda tínhamos viatura aqui, foi no acidente com aeronave que estava a família Huck. Por outro lado é aqui também que temos a oportunidade de interferir diretamente nas operações que ocorrem não só em Campo Grande, mas em todo o Estado”, finaliza.
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