No Monte Castelo, ceia de Natal para garis é tradição de seis anos da família Salles
Família quer que gesto ultrapasse gerações
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Família quer que gesto ultrapasse gerações
Todo natal o que mais vemos por aí são iniciativas solidárias, que visam ajudar as pessoas que mais necessitam, ou aquelas invisibilizadas no dia a dia. Mas, quantas dessas ideias são passadas de geração para geração? Já fazem seis anos que em todo Natal a família Salles acorda cedinho na véspera de Natal e fica no aguardo de passarem os garis que recolhem o lixo na região do Monte Castelo. Em mãos, desde cestas básicas a kits natalinos, tudo preparado com antecedência, carinho e esmero, para que a noite destes heróis anônimos – que deixam a cidade limpa – tenha uma ceia abastada.
Na manhã desta véspera de natal, a tradição seguiu seu rumo e mais uma vez a confeiteira Elizabette, seus pais, esposo e a pequena Maria Eduarda entregaram os kits aos garis, como fazem todo anos. “Isso começou tem tempo, desde quando a gente tinha mercadinho aqui. Eu separava uma cesta básica e entregava para eles, porque nós sabemos que a vida deles não é fácil. Mas, esse ano, além dos alimentos, a gente também ofereceu um café da manhã. Quero ensinar pra minha filha que temos que ter gratidão às pessoas e que é bom ser solidário”, explica a confeiteira.
E foi assim aconteceu: logo cedo, Elizabette e sua família colocaram pufes para o lado de fora da casae prepararam uma refeição caprichada, com café, suco, bolos e outras delícias. Maria Eduarda acompanhou tudo, até posou para foto. Foi então que eles, os garis, chegaram, receberam os presentes e tomaram um café da manhã reforçado.
Além de Maria Eduarda, Elizabette está grávida de outra menina, Maria Valentina. Ela vê a solidariedade como algo que enobrece o ser humano e por isso afirmou que prentende manter a ‘tradição’ por muito e muitos anos.
“É algo que eu quero que as minhas filhas aprendam, que a gentileza é de graça. Não fizemos nada aqui em busca de reconhecimento, de aparecer, mas torcemos para que outras pessoas se inspirem nesse e em outros exemplos. Ninguém agradece aos garis por eles deixarem a cidade limpar. Eles merecem esse carinho”, conclui.
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