Na coletiva de Bruno, da dupla Bruno e Marrone, até repórter tenta ‘aquela selfie’

Cantor esteve em Campo Grande para apresentação em casa de shows

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Cantor esteve em Campo Grande para apresentação em casa de shows

 

Ele chegou brincando, rodeado por pessoas de sua equipe, mas sem muitos melindres ou estrelismos. Sorrindo, cumprimentou a imprensa local, um a um, e sentou-se à mesa. A primeira impressão que ficou foi justamente a que se tem ao vê-lo na TV: Bruno, da dupla Bruno e Marrone, é humilde, brincalhão e bem humorado. E baixinho, também. O cantor esteve em Campo Grande para uma apresentação na casa Room 01 Pub, que completou seis meses de atuação na última terça-feira (8). Ele também foi a atração da coletiva de imprensa sobre a 78ª edição da Expogrande, evento ‘agro-cultural’, digamos assim, já tradicional na cidade, que acontece em abril.

A assessora de imprensa deu início ao rito da coletiva, que foi interrompido pelos locutores das rádios. Um. Dois. Três radialistas ao vivo. Paciência. E quando a pauta estava prestes a começar, o repórter do programa de TV também furou a fila – e fez os outros jornalistas tremerem com tanta informação no VT descontraído que gravou com o cantor. A partir dali, foi só um pouco de protesto para a coletiva finalmente começar. “Vamo começar isso aqui, né”, brincou Bruno.

E começou. Na coletiva, Bruno comentou do mercado fonográfico à política brasileira. Fez bonito quando falou dos ídolos Chitãozinho e Xororó, com que irão dividir o palco no dia 9 de abril, durante a Expogrande. “Para nós é um orgulho muito grande unir essas histórias. Chitãozinho e Xororó são como professores. Eu os escutava quando era pequeno, e jamais imaginaria que um dia estaria dividindo o palco com os professores. É muito gratificante, muito gostoso, e ao mesmo tempo tem que ser muito sábio para não deixar o ego se exaltar. É por isso que dá certo essa união. Há muito respeito mútuo”, disse o cantor.

Cantor falou de música à política nacional / Foto: Luiz Alberto

 

Tem ‘pra’ todo mundo

Para Bruno, o mercado fonográfico das músicas sertaneja é diverso, tem espaço para todos, desde os cantores novinhos e bonitinhos que cantam sobre sextas-feiras, farras e cerveja, como os decanos que homenageiam o amor nas composições. Porém, Bruno têm suas ressalvas.

“Eu acredito que a música, quando ela fala de amor, ela se eterniza. Já essa baladinha acaba logo. Três, quatro meses depois ninguém ouve mais. Você pode pegar sucessos de grandes artistas que estouraram com uma música que não fazem mais sucesso como faziam. ‘Dormi na praça’, que é romântica, é uma que nunca caiu. O pessoal pede e briga comigo se não tocar no show. Quer dizer, quando a música não fala de amor, mas de carro, ela ‘dura menos’. Por isso que o cantor, quando ele se consagra com uma música romântica, ele eterniza”, disse.

Na coletiva de Bruno, da dupla Bruno e Marrone, até repórter tenta 'aquela selfie'O cantor também considera que existe uma sintonia entre a idade do cantor e o público para quem ele toca. “Se pegar o filho do Leonardo, por exemplo, ele vai atingir as menininhas de 13 anos, de 15 anos. Isso é natural. É impressionante, não sei explicar. Ele atrai isso, através da música, da aparência e da idade”, considera. “Mas, estamos conseguindo manter o nosso sucesso, renovar o nosso público e atingir também as adolescentes com a música ‘jovem’, que a gente também sabe fazer”.

Sertanejo fala de política? Fala sim! Sobre os frequentes escândalos políticos decorrentes de investigações da Polícia Federal, Bruno descreve que até se assusta com as manchetes. “Me afligem demais, vei! Nossa, quase morro do coração! Mas, a gente fica com as mãos atadas, e tem que deixar pro Ministério Público e pra Polícia Federal agirem. Eu espero que os protestos aconteçam, mas eu não sei, o brasileiro é um pouco acomodado, ele vai beber cerveja em vez de protestar. Eu queria que o brasileiro fosse mais, como nos outros países. Isso é muito cultural, mas,  o caminho da mudança é esse”, conclui.

Depois da coletiva, claro, é como se ninguém fosse de ninguém. No tempo que vai entre o artista se levantar da cadeira e deixar o recinto, há uma aventura só para, em poucos segundos, alcançar o objetivo de chegar perto do ídolo. Tem fã que se infiltra o espaço, tem segurança que quer tirar foto, e, claro, tem jornalista que quebra o ‘protocolo’ e mostra que também é filho de Deus, tudo por uma selfie merecida, depois de tantas perguntas, resposta e tanta gentileza. Bruno é, sem dúvidas, ‘o cara’.

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