Entre escrivaninha que vira árvore e versos, Sesc comemora 100 anos de Manoel

Mostra e intervenções começaram nesta quinta

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Mostra e intervenções começaram nesta quinta

Na noite desta quinta-feira (3), o Sesc Morada dos Baís, no coração da Avenida Afonso Pena, virou um grande quintal de Manoel de Barros. O Sesc realizou a abertura das comemorações dos 100 anos do poeta Manoel de Barros, ícone da nossa literatura e um dos maiores expoentes da poesia brasileira, que, para a nossa sorte, viveu quase toda sua vida em Campo Grande. “Queremos que o público seja tocado pela poesia desse artista maravilhoso”, pontuou a diretora do Sesc, Regina Ferro. 

No evento, uma varanda foi toda montada cenograficamente para brindar o centenário. Paineis com poemas escritos com linha, uma “ponte” feita com livros e o fogão à lenha iluminado com versos brindavam os visitantes. No interior da Morada dos Baís, no andar de cima da exposição permanente de Lídia Baís, uma mostra sobre Manoel de Barros foi montada, e segundo a diretora, ficará à disposição do público até meados de janeiro, podendo virar uma exposição itinerante também. 

No centro de tudo, uma escrivaninha cheia de folhas secas e pequenos insetos se transformava em uma árvore enorme, enquanto versos do poeta, feitos com luzes, passavam pelas paredes. Segundo a cenógrafa Linda Benitez, que pôde explicar um pouco sobre a estética escolhida para essa parte da exposição, a ideia é trazer “a matéria das coisas”, tão descrita por Manoel em sua literatura. “Te,ps esse ‘hall de entrada’, a Varanda do Poeta, e essa exposição com uma sala repleta de fotos de Manoel, do acervo do Sesc e da fotógrafa Letícia Espíndola”, descreveu. 

Além da mostra, a cidade ficará “ocupada” por dois meses. Poltronas com declamações de poemas e intervenções que remetem ao centenário, segundo Regina, estão espalhadas por 14 lugares da cidade. Em paralelo, o Sesc tem realizado oficinas de poesia principalmente para estudantes e crianças, para que todo mundo possa ter acesso à poética de Manoel de Barros. “Queremos que esse conhecimento da obra ‘Manuelina’ seja divulgado cada vez mais”, enaltece a diretora do Sesc. 

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