Único brasileiro em disputa, cineasta de MS concorre ao Urso de Ouro no Festival de Berlim

“Mar de Fogo”, de Joel Pizzini, disputará o Urso de Ouro do Festival de Berlim 2015

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“Mar de Fogo”, de Joel Pizzini, disputará o Urso de Ouro do Festival de Berlim 2015

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O curta “Mar de Fogo”, do cineasta sul-mato-grossense Joel Pizzini, está disputando o Urso de Ouro do Festival de Berlim 2015. A produção é a única brasileira entre os que concorrem pelo prêmio. O douradense disputará com outras 26 produções de 18 países.

Lançado em 2014, “Mar de Fogo” é um filme-ensaio experimental de cinco minutos que recria livremente a visão inventiva do cineasta Mário Peixoto, conhecido pelo filme “Limite” (1930), um clássico do cinema mudo nacional.

Além da honraria máxima do Berlinale, o vencedor garante presença entre os indicados ao European Film Awards. A classificação é escolhida por meio do júri formado pela produtora Wahyuni A. Hadi, o artista turco Halil Alt’ndere e o documentarista Madhusree Dutta.

Carreira

Joel Pizzini começou em 1990 com um filme entre o documentário e o experimental dedicado ao poeta Manoel de Barros, “Caramujo Flor”, que, entre outros prêmios, foi escolhido o melhor curta-metragem do Festival de Huelva, na Espanha. Em seguida, realizou dois filmes dedicados à pintura: em 1995, “O Pintor”, sobre a vida do artista plástico Iberê Camargo, e, em 1996, “Enigma de Um Dia”, inspirado num quadro do italiano Giorgio De Chiricco.

Seu interesse pela poesia e pelas artes plásticas levou-o a montar uma série de instalações com projeção de filmes, como As quatro estações, de 1998. Antes de realizar seus primeiros filmes foi assistente de direção de Sylvio Back em “Guerra do Brasil” (1986). Realizou uma série de documentários para televisão sobre intérpretes de cinema, entre eles, Leonardo Villar, Othon Bastos e Jece Valadão. Para cinema dirigiu também diversos documentários de curta e longa-metragem, com destaque para o longa “500 Almas” (2004), vencedor do prêmios de melhor fotografia, trilha sonora, som e montagem no Festival de Brasília, e prêmio de melhor documentário pelo júri oficial do Festival do Rio de 2005.

No ano passado, estreou nos cinemas “Olho Nu”, dirigido por Joel Pizzini e realizado em parceria com Paloma Rocha e com o Canal Brasil. A produção é um retrato da carreira de Ney Matogrosso marcada pela irreverência, pela força estética, renovação no palco e nos figurinos e, principalmente, pelas formas como o cantor conduziu sua carreira e sua vida privada e, ainda, conforme a assessoria da produtora, por uma retórica coerente.

(Com informações do Dourados Agora)

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