Professor renomado Celso Antunes vem à Capital falar sobre alfabetização emocional

Para ele, educação por meio dos sentidos é mais eficaz

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Para ele, educação por meio dos sentidos é mais eficaz

Vamos dar uma olhada nas nuvens? Essa foi a primeira resposta do entrevistado especial do Jornal Midiamax, o professor e escritor paulistano Celso Antunes, ao ser questionado sobre o tema de sua palestra: Alfabetização Emocional. Ele está em Campo Grande para ministrar a palestra organizada pela Letrare, que será realizada na manhã deste sábado (7), das 7 horas ao meio dia, no Teatro da Mace.

Diferente da educação convencional, denominada aula expositiva (fala e decora), o ver, sentir, ouvir, tocar fazem parte da educação emocional. “O ser humano não tem uma única inteligência, mas sim, múltiplas”, diz. Dessas multiplicidades, o professor enfatiza as três das inteligências que sobrepõem o ser humano, são elas: intropessoal (aceitação sobre o eu), interpessoal (o outro) e o existencial (espiritualidades não religiosa).

“A alfabetização ou educação são, de certa forma, sub produtos destas três existências, é isso que o professor/educador tem de entender, que ele pode estimular o aluno a desenvolver, ele tem que ter esse sonho de estimular os sentidos”, explica. Ainda segundo ele, o estímulo, tanto de casa quanto do professor na escola, é fundamental para a formação do ‘eu’ da criança.

O professor lembrou ainda que para se trabalhar com a alfabetização emocional, é necessário menos de 40 minutos. “Primeiro ele vai criar uma dramatização onde o valor disso irá emergir num diálogo e todos refletirão”.

Faixa etária

Sobre a assimilação de captação da alfabetização emocional, Antunes ressalta: “Dos três aos 11 anos é uma maneira, dos 11 em diante, usa-se outra forma de ação; por volta dos nove anos, a criança consegue desenvolver o sentimento do outro, o despertar deste outro e por ai vai”. Como exemplos, ele cita os métodos educacionais da Finlândia e Coréia do Sul que tem o processo da sala de aula invertida, onde a lição vem antes do estudo.

Sobre o mundo atual, quando vemos a autoridade do aluno sendo estarrecida por professores Antunes enfatiza: “Uma criança quando vai jogar um esporte, conhece as regras e limites do jogo; na sala de aula há de ser imposto da mesma maneira; muitas vezes o autoritarismo em sala de aula surge porque o professor não deixa claro os limites e regras de convívio”.

Sobre qual método de ensino é o mais viável, ele alerta: o socrático, ou seja, o que faz a pessoa pensar. “Nada impede que a escola tenha uma linha de pensamento, mas cabe o professor desenvolver a metodologia emocional, tendo esse compromisso e responsabilidade com o indivíduo, ele deve fazer essa ponte de despertar o pensar, trabalhar a empatia, a emoção”, frisa.

“Ensinar as emoções dentro da educação é uma tarefa diária, porem, estamos dispostas a fazer a ponte entre grandes estudiosos e pesquisadores do tema para com os educadores daqui”, diz Márcia Vieira, uma das sócias da empresa que organizadoras do evento, a Letrare.

 

Currículo

Com 68 anos, Celso Antunes é formado em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP), mestre em ciências humanas e especialista em inteligência e cognição. Membro consultor da Associação Internacional pelos Direitos da Criança Brincar, reconhecido pela UNESCO. É autor de cento e oitenta livros e consultor de diversas revistas.

O investimento para a palestra é de R$ 35 o que equivale a inscrição mais o livro: “Trabalhando a alfabetização emocional com qualidade”. Mais informações pelo telefone: (67) 8404-4808.

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