Fisioterapeuta transforma prédio antigo em pousada acolhedora na Dom Aquino

Oito hóspedes adotaram o local como casa 

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Oito hóspedes adotaram o local como casa 

A data de construção já se perdeu no tempo. Mas a estrutura robusta, com tijolos largos assentados com saibro, entrega a idade do prédio. São mais de duas décadas como hotel. Antes disso, várias famílias e histórias passaram pelo local que hoje abriga a Pousada Dom Aquino, 1.806.  Entre um acidente e outro, essa memória resgatada, quase à força,  tem trazido ‘novos ares’ ao apaixonante prédio.

Quem conduz a empreitada é a fisioterapeuta Marcella Andrade de Melo, 32 anos. Ela recebeu o MidiaMAIS com todo o carinho, assim como recebe os hóspedes da pousada. Há oito anos ela recebeu do pai a incumbência de zelar pelo local recém-comprado e em frangalhos. “A aparência era horrível, o prédio estava destruído. Mas topei o desafio, na época só estudava, não trabalhava, então foi uma oportunidade legal”, explica ao demonstrar entre sorrisos todo seu amor pela pousada.

Na última reforma Marcella descobriu a beleza dos tijolos que fundamentam o prédio. E de escondidos sob várias camadas de tinta eles passaram a artigo decorativo da sala principal do hotel.

E são esses pequenos “acidentes” diários que dão a cara de casa para o ambiente. “Tudo aqui é feito por mim e pela minha mãe. A gente reaproveita coisas que não eram mais usadas ou que sobram das reformas e criamos uma peça de decoração”, conta.

As paredes da pousada, escondidas por um corredor estreito que dá acesso à Avenida Dom Aquino, são todas enfeitadas e coloridas. Peças artesanais, coloridas, que dão um quê de sede de fazenda ou casa de interior. “Minha tentativa sempre foi tirar o ar frio de hotel, trazer esse aconchego”, conta Marcella que dá atenção e carinho especial a cada um de seus hóspedes fiéis.

Estrutura 

São 18 apartamentos amplos, como só os prédios antigos costumam ser, reformados e decorados. “Sempre dou um jeito de colocar uma corzinha”, diz ao me mostrar o apartamento adaptado para deficientes físicos que ganhou adesivos de orquídeas nas paredes.

De almofadas costuradas à mão à porta lixada incessantemente por dez dias, a proprietária conseguiu “aconchegar” muita gente por lá. “Hoje oito pessoas moram aqui. Convivemos diariamente e por isso já são meus amigos.” Atrás do balcão em que passa horas e horas todos os dias, Marcella conheceu muita gente e fez grandes amigos.

“História aqui é o que não falta. Conheci muita gente mesmo. De lugares que eu nem imaginava conhecer. Pessoas que agora me ligam todos os meses e me mandam coisas de lá. É uma relação muito especial”, narra a fisioterapeuta que se “aposentou” da profissão antes mesmo de começar atuar.

“Eu nunca imaginei me envolver tanto com a pousada. Gostava muito de fisioterapia, e um dia espero voltar, mas agora, não imagino minha vida sem ela. É amor.” 

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