Gratuita, Calle 2 é lançada nesta quarta-feira, na Internet

 

Desde sua ‘descoberta’, sabia-se que a América Latina guardava incontáveis segredos. E cerca de cinco séculos depois, o continente continua provocando o fascínio de antropólogos, sociólogos, aventureiros e curiosos em geral, devido a sua diversidade cultural, oriunda de uma sui generis e polêmica colonização. É mais ou menos essa a ideia que a Calle2, uma nova revista digital que entra no ar nesta quarta-feira (25), tem sobre o continente. Cada esquina esquecida pode ter uma nova história. Cada lugar clichê, também. Tudo depende do que se vê e de como a história é contada.

México, povoado de Los Algodones. Lá fica a rua Calle2, a rua mais ao norte da América Latina, que após a fronteira com os Estados Unidos, torna-se a Algodones Road, uma rodovia bem yankee, digamos assim, com direito até a Em revista sobre a América Latina, jornalista garante retratar 'outro lado' de MSfaixa amarela dividindo as vias. Para a revista, batizar-se com o mesmo nome da rua simboliza as mudanças e misturas promovidas pelas fronteiras. Representa os fluxos culturais, étnicos, políticos e econômicos, como os propostos por Canclini, e os produtos oriundos dessa mistura. É o diálogo possível entre as diferenças, convertido em palavras, frases e sentenças jornalísticas. Um banquete multicultural aos leitores.

Para dar conta deste desafio, a publicação conta com um time de jornalistas experientes em enxergar além do óbvio. A revista quer ir mais adiante, superar o aspecto exótico dos paí latino-americanos e trazer as histórias que importam. Quer propor ao a visão de aspectos únicos sobre a sociedade, lugares, pessoas, cultura desta parte do globo.

“Nosso objetivo é mostrar uma América Latina rica e diversa, cheia de boas histórias que hoje são pouco conhecidas. Cruzamos as fronteiras para revelar pessoas, lugares, cores e sabores incríveis que fazem do continente latino-americano um dos mais diversos e fascinantes do mundo”, explica a jornalista Ana Magalhães, editora-executiva da revista digital.

Tempero sul-mato-grossense

A Calle2 também conta com o trabalho cuidadoso do jornalista sul-mato-grossense Guilherme Soares, atualmente radicado em São Paulo. A vivência que Guilherme tem de Mato Grosso do Sul (ele é nascido em Campo grande e habitué de Porto Murtinho, onde a família inteira vive), um Estado contemplado com diversas fronteiras, vai dar um sabor especial à cobertura jornalística da revista.

“Terá muita coisa do Estado. Minha relação com Mato Grosso do Sul, por exemplo, nos dá uma abertura para a cultura latina muito mais forte do que quem nasceu em outros lugares do Brasil. Temos uma cultura de comer sopa paraguaia, ouvir polca, Mercedes Sosa, coisas que não têm como não estar presente. Temos uma pauta sobre sopa paraguaia, por exemplo, prevista para as primeiras edições da revista digital”, adianta o jornalista.

Além de Guilherme e Ana, compõem o time da Calle2 o jornalista Júlio Simões, o editor de arte Bruno Cavenaghi e os jornalistas Edvaldo Pereira Lima e Sergio Krasélis, ambos do conselho editorial. Logo na primeira edição, a Calle2 também traz uma entrevista exclusiva com Pepe Mujica, o mítico uruguaio que promoveu uma espécie de vanguarda política pós-moderna na América do Sul.

Confira – Calle2 está em www.calle2.com. Toda quarta-feira, uma nova e gratuita edição.