Em parceria com Jerry Espíndola, Marina Peralta lança clipe de “Mato Grande”

Foram dois dias de gravações para o clipe  

Há um ano ela publicou, despretensiosamente, o vídeo caseiro em que canta a música “Agradece”. Sem que ela sequer imaginasse, a música voou longe e soou muito bem aos ouvidos de muita gente. Gente essa, que tornou-se público cativo nos shows e fãs apaixonados pelo trabalho de Marina Peralta. De lá para cá, vários intercâmbios e parcerias rolaram em sua carreira. Uma delas, com Jerry Espíndola, acaba de se tornar clipe.

“Mato Grande”, poema escrito por Marina em 2012, só ganhou melodia em 2013. “Tentei musicá-la mais de uma vez e não saiu. Aí em 2013 mandei pra ele [Jerry] e na hora ele colocou música. Mudei uma coisinha ou outra na música e só, ficou pronta”, diz.

A música fala das origens. De como é viver e ser do “sul do campo grosso mato grande”. Com letra forte e voz doce, Marina se firmou rapidamente no cenário sul-mato-grossense. Também nesta semana, ela encerrou a ‘vaquinha on-line’ que iniciou em julho. O objetivo é concluir a gravação de seu primeiro CD.

Marina teve o projeto de gravação aprovado pelo FMIC (Fundo Municipal de Investimento Cultural), mas sem a verba, teve a ideia adiada por alguns meses. A campanha rendeu cerca de 70% do esperado, mesmo assim, a expectativa é de que tudo fique pronto logo logo. Se “enquanto houver inspiração, deve haver poesia”…a nós, cabe desejar que a cidade e todas as coisas sigam a inspirando.

MATO GRANDE

Daqui de cima eu só vejo luzes
Um movimento pisca pisca sem natal
Uma cidade que por mim não tinha prédio
Quem dera eu visse mais sorriso e menos tédio

Na caminhada vejo um tanto de artistas
Que crescem como aquela flor no meu quintal
Ouvi dizer que manhã de domingo é dia
De batucada na laje do Nicolau

Vez em quando encontro amigo e sintonia
Daqueles que numa só nota faz canção brotar
Mas não esqueço mesmo é do chão que piso
Em parceria com quem melhor me faz dançar

Sul do campo grosso mato grande, 
Grande mato grosso campo do sul
Privilegiado com um pôr-do-sol encantador
Que todo dia invade o azul

Faço das palavras dos meus pais minha cantoria
Enquanto houver inspiração, deve haver poesia
E se o vento acabar te levando embora
Vai, mas volta
Que a cidade tem saudade