Em encontro de grafitagem na escola, talento do desenhista Thomas se sobressaiu

Ação foi realizada para evitar pichação e enaltecer grafitagem  

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Ação foi realizada para evitar pichação e enaltecer grafitagem

 

Uma manhã de sábado um tanto quanto ‘colorida’ na Escola Estadual Arlindo de Andrade Gomes. A escola abriu as portas, para os alunos participarem de uma atividade diferente: junto de grafiteiros, eles iriam pintaram as paredes externas e internas do colégio. O evento aconteceu até as 17h de sábado.

A princípio, uma forma de valorização aos talentos que lá se encontram, foi o que motivou a direção da escola a iniciar o projeto. De acordo com o diretor Miguel Gomes, todo o material utilizado – tintas, spray e pincel, foi comprado com o próprio recurso da escola e algumas doações de alunos. “Essa ação é uma forma de valorizar os talentos da escola, além de promover a arte e cultura na rede pública de ensino”, argumenta.

Ao todo, 20 grafiteiros foram convidados para poder monitorar e auxiliar os alunos. Vale lembrar que a professora de artes que liderou a ação junto do artista plástico Apres Gomes Neto que ficou surpreso com o trabalho dos alunos.

Ainda segundo o diretor, a escola está empenhada na ação da grafitagem, não só pelo valor a arte, mas também, para acabar com a pichação que tem sofrido. “Quando tem grafite não há pichação e então vamos fazer grafite não é mesmo”, diz em entrevista ao MidiaMAIS. Ele ressaltou ainda que a escola possui mais de mil alunos e cerca de 30% gostam de arte.

Do lado de fora da escola, estava o grafiteiro Valmir de Souza, 19 anos. No muro, em forma de letras garrafais e arte, é claro, ele escreveu a palavra ‘Ricos’. Quando o questionamos, ele respondeu: “Porque o grafite é uma arte das ruas e não da classe alta e por essa que eu estou reproduzindo esta arte”.

Destaque

Enquanto estávamos retratando a ação na escola, encontramos Thomas Paiva, 18 anos. Tímido porem interessado, ele grafitava o rosto de uma mulher. No chão, ele exibia parte dos retrataos que faz desde os 13 anos. “São desenhos inspirados no Charles Lavezo [um desenhista paulista]”, diz.

Em encontro de grafitagem na escola, talento do desenhista Thomas se sobressaiuNos desenhos, é perceptível a tecnica que o estudante faz. “São detalhes que fui aprimorando de tanto estudar a arte do Lavezo…desenho para mim mesmo, nunca revendi; gosto de desenho porque é uma maneira que encontro em relaxar”, explica o desenhista autodidata que estava desenhando pela primeira vez sem ser no papel.

Com ele, a estudante Brenda Gomes, 16 anos disse estar contente com a oportunidade de retratar com o amigo, o qual considera artista, um rosto, uma expressão. “O grafite em si, é uma crítica em forma de arte e estar aqui nessa função está sendo revigorante”.

Encantando com a arte de Thomas, o artista plástico estuda possibilidades de ele realizar sua primeira exposição de artes. “Ele contou que tem muitos desenhos guardados, vamos ver no que pode virar”, pontuou.

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