Edgar é um pai de coração, não só ganhou um enteado como também, uma filha
Edgar diz que pai adotivo é quem dá amor, assim como o pai biológico
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Edgar diz que pai adotivo é quem dá amor, assim como o pai biológico
Nossa segunda história especial de Dia dos Pais traz um pouco da vida do pedagogo Edgar Sackmann, de 55 anos. Ele é casado com Ramona Ely Sackman e pai de dois filhos, o Renan e a Maria Antônia. Na verdade, ele é padrasto de Renan e pai de coração de Maria. Mas vamos começar a contar a história dele.
Logo que Edgar encontrou Ramona, ela já tinha Renan e juntos tentaram ter um filho. Mas, depois de sofrer um aborto espontâneo, Ramona não conseguiu mais engravidar e resolveu então, rezar para Deus lhe mandar uma filha. “Eu sonhava com uma menininha, vestia roupinha nela, sempre quis ter uma menina porque acho meninas tão ‘bonito’… e seria lindo para completar o casalzinho em casa”, complementa Ramona.
Já seo Edgard, como todo descendente de alemão, falando em poucas palavras e parceiro de sua esposa, contou que o que ela decidisse ele aceitaria, uma vez que sempre quis ter também um filho. “Minha mulher queria muito mais um filho e quando soubemos da Maria Antônia não resistimos e abraçamos ela com muito amor…quando se tem fé a coisa acontece, de tanto pedirmos veio uma menininha”, conta o pai todo orgulhoso. Como todo irmão mais velho, que gosta de opinar, Renan foi o responsável pelo nome da irmãzinha caçulinha. “Foi ele que escolheu o nome e nós achamos bonito e colocamos”, diz.
Das lembranças que ele recorda, o dia dos pais na escola é sem dúvida, um marco. “Teve uma vez, que a professora pediu uma foto minha e ela fez um desenho de um homem em tamanho grande e colocou no rosto dele, a foto do pai, temos até hoje guardado se duvidar”, relembra.
Edgar diz ainda que a luta contra o preconceito seja extensa, mas que colecionar momentos de amor, carinho e união ajuda a enfrentar a causa.“Sou um pai como qualquer outro”, assegura Edgar. “A gente tem ela como filha, é tudo normal, não tem nada de falar filha biológica ou mencionar isso toda vez; uma família pode ser constituída de várias formas. Não existe diferença quando se ama”, complementa o pai que também é motorista escolar na cidade de Guia Lopes da Laguna, interior de Mato Grosso do Sul.
Hoje, Maria, como é carinhosamente chamada, é uma pré-adolescente que enche o pai de orgulho. “Estudiosa, inteligente e que passa por todos os problemas que uma menina de sua idade passa. É sempre um aprendizado, mas eu, junto com minha esposa, não consigo mais viver sem ela”, enaltece Edgar. Segundo ele, isso é fruto da preocupação que tiveram desde quando ela ainda era um bebê. “Quando ela começou a falar, levamos para fazer acompanhamento psicológico e entender desde cedo que, por mais que ela não saiu da barriga da mãe, somos unidos pelo coração”, lembra o pai emocionado.
A filha
O MidiaMAIS conversou com Maria Antonia, que tem 13 anos e pedimos a ela, em poucas palavras, um relato de seu pai. “Nossa relação é linda, ele sempre cuidou de mim, me ajudou e é tudo para mim…daria minha vida por ele mesmo não sendo meu pai de sangue ele é o meu pai, sempre foi….” explica.
Sobre talvez querer conhecer mais sobre seu pai biológico, Maria diz que não pretende e que o pai dela é, mesmo que de coração, o melhor pai do mundo. “Ele é muito carinhoso, atencioso, protetor, tenho amor dentro da minha família, isso é importa, e não ser filha de sangue não tem nada a ver porque o amor, valores e lições de vida quem me passou foi ele”, completa a filha, que desde sempre soube que era filha de coração.
Já para Renan – o enteado, seo Edgar é mais que um padrasto, é um pai mesmo. Em vários momentos de sua infância, ele recorda da felicidade que sentia quando chegava sábado e podia acompanhar o pai ao trabalho e lembrou de todas as vezes que precisou e ele estava ao seu lado. “Ele foi mais que um pai para mim, agradeço sempre por ele ter cuidado de mim desde os meus 6 anos e, também, por cuidar da minha irmã e da minha mãe, que são as duas mulheres mais importantes para mim”, homenageia Renan.
Adoção em tese
Felizmente, Maria Antônia é um caso positivo de adoção no país, que pouco reflete a realidade enfrentada por muitas crianças. De acordo com o site do Senado, são quase 50 mil crianças, de ambos os sexos, esperando por uma família nos abrigos pelo país, e na maioria dos casos, pelo puro e simples abandono pelas famílias biológicas.
Dados oficiais também indicam que apenas 68% dessas crianças deixam os abrigos para serem acolhidos, fora ou dentro do Brasil, enquanto muitos casais, heterossexuais e homoafetivos, aguardam ansiosos na fila de espera. Lembrando que, apenas 1 em cada 8,15 crianças abrigadas no país figura, no Cadastro Nacional de Adoção, ou seja, os números reais podem ser ainda maiores.
Na mídia, esse assunto vem sendo tratado recentemente e de maneira emocionante. A campanha da marca O Boticário, por exemplo, é uma delas. No vídeo, a marca escolheu homenagear todos o “Edgars” do país, que adotaram crianças e hoje possuem uma família diferente da “tradicional”, mas que são muito felizes.
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