Banda Sinfônica estreia obra inédita em comemoração dos 116 anos da Capital

A apresentação será nesta terça-feira (25), às 20 horas

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A apresentação será nesta terça-feira (25), às 20 horas

Em comemoração dos 116 anos de Campo Grande, Orquestra Sinfônica Municipal de Campo Grande estreia a obra ‘Brasiliana no. 12’ de Radamés Gnattali, um dos maiores compositores brasileiros, na próxima terça-feira (25) , às 20 horas no Teatro Glauce Rocha, na UFMS.

A estreia da obra tornou-se possível graças à atuação do professor Evandro Higa e familiares de Radamés, com os quais foram adquiridos os manuscritos da peça, que foram então editorados pela equipe da Orquestra Sinfônica Municipal de Campo Grande.

O concerto, com entrada franca terá como solistas os professores  Evandro Higa e Marcus Medeiros ao piano, acompanhados pela Orquestra Sinfônica de Campo Grande sob regência do maestro Eduardo Martinelli.

Radamés Gnattali é um dos mais importantes compositores e arranjadores brasileiros do século XX. Nascido em Porto Alegre em 1906, foi pianista virtuose e nas décadas de 1940/50 tornou-se o principal maestro arranjador da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, a mais poderosa emissora radiofônica da América Latina na época. Na década de 1970, Radamés exerceu papel fundamental no resgate do choro no Brasil ao criar a Camerata Carioca.

Responsável por uma constante intersecção entre a música erudita e popular mostrando grande versatilidade nos seus inúmeros arranjos originais para os maiores clássicos da música popular brasileira, criou assim uma peculiar linguagem para sua música de concerto, tendo influenciado decisivamente as carreiras de músicos como Raphael Rabello, Joel Nascimento e Maurício Carrilho.

Em 1979, venceu o concurso público para escolher o Hino do Estado de Mato Grosso do Sul, tendo se apresentado por duas vezes em Campo Grande em turnês do Projeto Pixinguinha na década de 1980. Falecido em 1988, no Rio de Janeiro, Radamés deixou um catálogo imenso de obras eruditas e populares, bem como quase cinquenta discos gravados.

Entre 1944 e 1983, Radamés Gnattali compôs um ciclo de 13 Brasilianas para vários instrumentos e formações instrumentais. A Brasiliana no. 12, composta entre 1967/68 e dedicada à segunda esposa Nelly Gnattali, é um concerto para dois pianos e orquestra de cordas, em três movimentos, que mescla temas de cantigas infantis e ritmos do Brasil com a harmonia ousada do jazz, obra que com certeza estará entre o repertório das principais  orquestras nacionais e do exterior, o que já ocorre com tantas outras peças deste compositor.

Além do concerto de Radamés Gnattali,  a programação da noite se dará exclusivamente por compositores brasileiros em obras para orquestra de cordas de Villa-Lobos, Claudio Santoro, Ernani Aguiar e Guerra-Peixe entre outros.

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