Quase tudo pronto para Festival Internacional de Teatro de Objetos

A estrutura que vai abrigar as apresentações do Fito (Festival Internacional de Teatro de Objetos), realizado pelo Sesi de quinta-feira (25) a domingo (28) no Centro de Convenções e Exposições Albano Franco, está quase pronta. Conforme o diretor-técnico do evento, Ricardo Reichmann, na tarde de ontem (22) pelo menos 60% da montagem estava concluída. “Começamos […]

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A estrutura que vai abrigar as apresentações do Fito (Festival Internacional de Teatro de Objetos), realizado pelo Sesi de quinta-feira (25) a domingo (28) no Centro de Convenções e Exposições Albano Franco, está quase pronta. Conforme o diretor-técnico do evento, Ricardo Reichmann, na tarde de ontem (22) pelo menos 60% da montagem estava concluída. “Começamos o trabalho de montagem no domingo e devemos terminá-lo até quarta-feira”, disse.

Ele explica que 60 pessoas trabalham na montagem da estrutura. “Em todos os lugares onde o Fito se apresentou fizemos o mesmo cronograma, quatro dias para trabalhar na montagem e acertar todos os detalhes, quatro dias de espetáculos e um dia para a desmontagem da estrutura”, detalhou, acrescentando que a estrutura vai ocupar metade do Albano Franco, abrigando dez salas de teatro, um palco, uma praça de alimentação, um espaço para a exposição de objetos, além de toda a cenografia do grupo de teatro XPTO (SP).

“Cada espaço é diferenciado, mas o que demora mais é a parte de acabamento do espaço e a cenografia”, explicou Ricardo Reichmann. Já o diretor de teatro José Lorena ressaltou que as apresentações do Fito serão iniciadas sempre às 16 horas com um desfile de objetos gigantes ao som do show de uma banda local. “Vamos iniciar com a apresentação do Tom Zé e em seguida o desfile dos objetos com o grupo XPTO (SP). Logo em seguida são realizadas as apresentações do Grupo CDPolo e, a partir das 17 horas, iniciamos a programação nas salas de teatro”, adiantou.

O diretor Luiz Vieira destaca que as apresentações do Fito já passaram por Florianópolis (SC), Belo Horizonte (MG), Manaus (AM) e Porto Alegre (RS) e devem ser encerradas em Brasília (DF). “A cultura do teatro de objetos é muito forte na Europa, mas o Fito, além de levar entretenimento, também desenvolve essa cultura do teatro de objetos no Brasil e isso é gratificante”, reforçou.

Para a superintendente do Sesi, Maura Gabínio, trata-se de um evento que vem para destacar a atividade industrial em Mato Grosso do Sul de forma lúdica. “Mostrar os objetos utilizados na indústria que podem expressar o dia-a-dia do trabalhador, dando alma a esses objetos. É um privilégio para Campo Grande receber uma proposta tão inovadora que esteve no Brasil em 2009. Considero esta uma conquista importante em termos de demonstração do teatro como ferramenta educadora da platéia e objeto cultural”, disse. Maura Gabínio acrescenta que o Fito é uma ação de valor educativo, cultural e entretenimento por incrementar qualidade de vida e produtividade, envolvendo trabalhador da indústria, familiares e a comunidade. “É uma forma de convidar a ampliar a visão do trabalhador e despertar na família o senso de pertencer a esse mundo da indústria. É o lazer e entretenimento gratuito criando a aproximação maior na célula da família desse industriário, empresário e comunidade”, analisou.

O Fito

Pouco explorada no Brasil, a modalidade de teatro de objetos possui uma forte presença na Europa, continente de onde virá a maior parte das companhias cênicas. No total, o festival, que irá promover 76 apresentações com 15 companhias oriundas do Brasil, Argentina, Israel, Itália e França, foi idealizado pela curadora Lina Rosa e promove a democratização da cultura sob um formato inteligente e único. “O Teatro de Objetos é uma forma de metáfora crítica inteligente, que faz pensar, diverte, educa e sensibiliza a platéia”, explicou, lembrando que o festival funcionará das 16 às 22 horas nos quatro dias de evento em Campo Grande.

Além das apresentações, o Festival inclui feira de objetos e o espaço Fito Foto, bem como um show do artista Tom Zé, que apresentará o espetáculo “Música/ Contramúsica” no dia 27 de novembro à noite. O ambiente que está sendo montado no Albano Franco terá cinco salas para espetáculos nacionais e internacionais, sendo três delas com capacidade para receber até 200 pessoas e duas com capacidade para 50 espectadores.

O local também irá abrigar tendas de alimentação e cenografia interativa onde os visitantes poderão manipular objetos gigantes com ajuda de arte-educadores e espaço cenográfico para cliques do público. “A população de Campo Grande também verá em primeira mão o trabalho do grupo israelense Meital Raz, que não havia participado do Fito ainda”, adiantou Lina Rosa.

No sábado, às 21h30, o baiano Tom Zé apresenta o show “Música/Contramúsica”, sendo que na abertura e no fechamento do Fito o público se deparará com uma banda local e dez objetos gigantes que estarão espalhados pelo espaço, fazendo evoluções. Entre as atrações, uma pistola irá rodopiar e disparar balas-guloseimas coloridas, um isqueiro aceso será perseguido por um extintor, uma camiseta será paquerada por um ferro de passar que solta fumaça ao se encostar nela, e um par de tênis tentará escapar de um desodorante aerossol que solta spray perfumado.

Uma exposição interativa de objetos permitirá ao público manipular objetos gigantes com a ajuda de arte educadores. Entre os objetos, um abajur que adormece e um despertador que toca a toda hora, três secadores de cabelo cantores, um grande aquário com objetos sendo manipulados de forma inusitada, bailarinas em formato de saca-rolhas gigantes que rodopiam manipulados por uma manivela, lâmpadas de diversos tamanhos e cores que dançam e se movimentam como plantas.

Outras atrações serão Fito Mostra Viva, que reúne performances curtas realizadas por atores em quatro mini-salas para pequenos grupos, o Fito Feira, que mostra de objetos interessantes ou inusitados, além de antiguidades, que poderão ser adquiridos pelos visitantes, o Foto Fito, que será um espaço interativo cenográfico onde o público é fotografado ao ‘bailar’ com um cabideiro, e o estande do Sesi, onde o visitante poderá conferir obras de arte e performances feitas a partir de objetos da indústria.

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