Reajuste em 2015 da instituição foi acima da inflação do ano anterior

Uma acadêmica de Direito da Uniderp Anhanguera passou a receber, no final de fevereiro, mensagens em seu celular do departamento financeiro da instituição. Nos recados foi realizada primeiramente a cobrança de pendência e depois o anúncio de que o nome de Francismeire dos Santos estaria agora no cadastro de inadimplentes do Serasa – órgão de proteção ao crédito. Acontece que ela possui cobertura total do crédito estudantil do Governo Federal, o , o que a fez ter até o quinto semestre do curso isenção em 100% do valor das mensalidades.

“Fiz o aditamento e mesmo assim comecei a receber essa mensagem. Tem muita gente que me falou a respeito da cobrança em boleto, do adicional de 6% que a Universidade passou a cobrar além da Inflação. A minha mensalidade, e as taxas de serviços acadêmicos são pagos pela cobertura do Fies, então não sei o que significa essa cobrança”, diz a estudante, assustada com a abordagem da Instituição de ensino superior pelo celular.

O valor das mensalidades do curso que faz Francismeire dos Santos, era em 2014 de R$ 705,  valor que após o reajuste teria passado a figurar em R$ 790. Dessa diferença se o Fies manter a resolução de não cobrir aumentos maiores que os 6,41% da inflação, a acadêmica assim como outros que estejam na mesma situação, terá que custear uma diferença de 6 % do valor total: equivalente a R$ 47. 

Além das mensalidades, o crédito estudantil também faz a cobertura de serviços administrativos das instituições de ensino superior, que sejam solicitados pelos estudantes com cadastro vigente no Programa.

Resposta

O Midiamax entrou em contato com a assessoria de comunicação da Anhanguera-Uniderp, que prometeu estudar o que aconteceu em relação à acadêmica Francismeire dos Santos. A instituição afirmou que procura juridicamente o amparo para que a cobertura do Fies seja mantida aos estudantes da universidade cadastrados no programa, inclusive os que dispõem da integralidade em 100% da assistência do crédito estudantil.

A Uniderp-Anhanguera lembrou ainda que levou essa informação aos coordenadores de curso e líderes de sala, que ficaram responsáveis de colaborar para a comunicação dessa providência aos estudantes atendidos pelo Fies. Uma reunião a respeito disso teria sido realizada inclusive na terça-feira (03), data que acadêmicos da instituição fecharam por mais de uma hora um dos lados da Avenida Ceará em protestos.

 A universidade afirmou também que algumas taxas  referentes a serviços acadêmicos e administrativos não podem ser incluídas no Fies. A instituição orienta a aluna mencionada na reportagem a consultar o portal do acadêmico para verificação de eventuais pendências ou procure o departamento responsável por esse tipo de informação na universidade.

Nota: 

A Anhanguera-Uniderp reitera que está comprometida no sentido de encontrar possíveis soluções para a situação referente às alterações no Fies, que impacta todos os alunos beneficiários do programa em instituições de ensino superior de todo o País.

Visando encontrar soluções para este impasse, a Uniderp vem trabalhando em diversas frentes:

  • Juntamente com representantes do setor de educação, a instituição tem mantido conversas constantes com o MEC. Algumas dessas entidades já ajuizaram ações contra o órgão e aguardam decisão do juiz;
  • A instituição tem enviado informações constantes aos acadêmicos sobre o atual cenário por meio de comunicados. Além disso, tem recebido comissões formadas por representantes dos alunos para esclarecer todas as dúvidas referentes ao tema;
  • A Uniderp também está avaliando demais possibilidades, como por exemplo outras formas de financiamento, caso a negociação com o MEC não seja concluída;
  • Independente deste momento de negociação, a Anhanguera-Uniderp considera que a maior prioridade nesse momento é a continuidade dos estudos e sem prejuízos para os alunos, no caso de impossibilidade de acordo com o MEC.