Sindicato lança campanha que fecha bancos após demissão

Até agora já foram mais de 20 desligamentos

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Até agora já foram mais de 20 desligamentos

Em protesto contra onda de demissões, o Sindicato dos Bancários de Dourados e Região lançou a campanha “Demitiu=Parou”. Nesta terça-feira, duas agências do Bradesco na cidade, que funcionam num mesmo prédio, não abriram às portas ao público em razão de protestos.

Segundo o Sindicato, de janeiro até agora já foram mais de 20 desligamentos sem justa causa somente no banco Bradesco em Mato Grosso do Sul. A maioria delas em cargos de gerência e administrativo.

Segundo Janes Estigarribia, presidente do sindicato, na quinta-feira da semana passada ocorreu o primeiro protestado contra as demissões, com a paralisação durante todo o dia, de uma agência Bradesco que havia demitido um funcionário. Hoje, o protesto foi repetido em razão de outra agência também fazer demissão.

“A cada nova demissão, nova paralisação, ou seja, demitiu parou. Infelizmente a resposta do Bradesco veio na sexta-feira com mais uma demissão, desta vez na Agência Prime, por isso a paralisação de hoje”, declarou Estigarribia. As demissões ocorrem principalmente com os funcionários com mais tempo de serviço. No lugar deles contratam-se outros, com salários mais baixo, segundo o Sindicato.

Campo Grande

Na capital do Estado também há protesto contra as demissões, com mais 6 agências fechadas nesta terça-feira sob a coordenação do Sindicato dos Bancários de Campo Grande e Região. A luta é pelo fim imediato das demissões, por mais contratações, contra metas exigidas e, ainda pela falta de segurança em algumas unidades.

Bradesco, lucros e demissões

O Bradesco, maior banco privado do Brasil, teve no primeiro trimestre de 2015, lucro líquido de R$ 4,274 bilhões, o que significou um crescimento de 23,1% em relação ao mesmo período de 2014. Apesar disso cortou 4.569 postos de trabalho em 12 meses.

Além disso, o banco fechou 17 agências no Brasil para abrir 18 novos postos de atendimento e 2.613 correspondentes bancários Bradesco Expresso, onde a mão de obra é terceirizada e estão disponíveis poucas opções de transações para os correntistas.

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