Mudanças vão começar pelo hospital regional de Coxim

Uma das promessas feitas pelo governador de , Reinaldo Azambuja (PSDB), durante período de campanha eleitoral, deve sair do discurso no próximo mês. Azambuja levantou a bandeira da descentralização da saúde como uma forma de tirar o setor do caos e melhorar o atendimento à população. A mudança de começar pela região da cidade de Coxim.

De acordo com o secretário de Estado de Saúde, Nelson Tavares, hoje a saúde tem um custo elevado por falta de organização. Por isto, o governo pretende estruturar a unidade de saúde regional de Coxim para atender pacientes da região Norte e minimizar o fluxo de atendimento na Santa Casa de Campo Grande, maior hospital do Estado.

“Se o interior tratar algum nível de complexidade não será preciso trazer o paciente para a Santa Casa. Assim ela poderá tratar da ossada dela, que é a média e alta complexidade. Hoje a Santa Casa tem lotação e falta de leitos por causa dos casos que vêm do interior sem necessidade. Pode-se resolver o problema no interior com custo menor”, detalha Tavares.

Segundo o secretário, atualmente o hospital de Coxim utiliza apenas 40% da capacidade, sendo que ele pode operar em até 85%. A descentralização da saúde ainda deve mexer nas estruturas de hospitais regionais de 11 micro-regiões do Estado.

“Não temos perna para fazer em todo o Estado, vamos fazer as mudanças em 11 micro-regiões do Estado começando por Coxim”, comenta.

Tavares antecipou que o governo pretende criar um centro de diagnostico em Campo Grande, onde a intenção é entregar exames de mamografia, raios-x e tomografia à toda a população do Estado com um custo menor.

Os gastos com a saúde em Mato Grosso do Sul é aproximadamente R$ 600 milhões por ano, afirma o secretário. Nelson Tavares explica que, a princípio, nesta primeira fase da descentralização da saúde não está prevista abertura de concurso para ampliar o quadro de médicos do Estado.