Prefeitura inicia manutenção em terminais de ônibus de Campo Grande
O terminal do Morenão foi o primeiro a receber reparos
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O terminal do Morenão foi o primeiro a receber reparos
A pedido do prefeito Gilmar Olarte, a Prefeitura Municipal de Campo Grande iniciou, na madrugada da última quinta-feira (18), as obras de manutenção e restauração dos terminais de ônibus municipais. A previsão é de que os cuidados em cada unidade durem até sete dias, sendo uma unidade por vez. O terminal do Morenão, na Avenida Costa e Silva, foi o primeiro a receber reparos.
A equipe de manutenção conta com 15 profissionais e três gestores, sendo um da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), um da Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação (Seintrha) e um colaborador externo. As melhorias consistem basicamente em serviços como pintura, reparos elétricos e hidráulicos, reformas de banheiros públicos (com troca de louças danificadas, barras de acessibilidade, descargas danificadas e reforço de segurança de portas e ventilações), substituição e colocação de torneiras danificadas e furtadas, manutenção de bebedouros, colocação de proteção contra vandalismo e despichação de azulejos e cerâmicas.
“Infelizmente, a maior parte dessas ações de depredação acontecem por conta de vandalismo, mas o usuário do transporte público merece o conforto de um banheiro, de uma pia, de um banco e de um bebedouro em bom estado, assim como um ambiente limpo e seguro. Por isso, iniciamos estas obras, que vão contemplar todos os terminais de ônibus da cidade”, explica o prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte.
De acordo com Alexandre Luiz dos Santos Soares, diretor de edificações da Seintrha e engenheiro responsável pelos restauros, a maior parte dos reparos acontece à noite e de madrugada. “Somente os pequenos reparos são realizados de dia, por conta do grande fluxo de usuários. Na madrugada, os trabalhadores também têm mais segurança para realizar a pintura das muretas. Como se trata de horário com baixo volume de veículos, a Agetran pode interditar uma das vias sem prejudicar o trânsito”, explica.
O destaque das ações de restauro vai para o processo utilizado na despichação, que é bastante moderno e recorre a técnicas e materiais utilizadas na recuperação de patriomônio histórico pichados. “Vamos utilizar um produto especial, que é ecológico e não agride nem a cerâmica e nem a pintura. Esse produto irá recuperar a aparência original dos banheiros e ambientes externos azulejados, dificultando também que a ação dos vândalos volte a acontecer”, revela Alexandre.
Vandalismo
Quase 100% dos reparos a serem efetuados pela Prefeitura são causados por vandalismo. Para inibir esta prática criminosa, a Secretaria Municipal de Segurança Pública (Semsp) disponibiliza atualmente de dois a três guardas municipais nos terminais, 24h por dia, sete dias por semana. Além disso, a Assetur também está instalando câmeras de segurança que irão registrar não só a ação de pichadores, mas outros crimes que possam ocorrer nas dependências dos terminais.
Independente do local, o cidadão que presenciar atos de vandalismo deve fazer sua parte acionando a Guarda Municipal tanto pessoalmente por meio dos telefones gratuitos 199 ou 153. “Se a localidade não tiver Guardas Municipais, o Centro Integrado de Operações da Guarda enviará uma tropa imediatamente”, explica o titular da Secretaria Municipal de Segurança Pública (Semsp), Valério Azambuja. “Mas nós estamos agindo de forma incisiva. Desde março, os atos criminosos nos terminais caíram consideravelmente, tanto as ações de vândalos como de crimes de outra natureza, tais como furtos”, completa.
Repercussão
No terminal do Morenão, a equipe de manutenção chamou a atenção de muita gente. A cabeleireira e manicure Claudia Matias, que diariamente frequenta o terminal, destacou como positiva a ação da prefeitura, mas lamentou a ação dos vândalos. “É uma pena que as pessoas não tenham zelo com o patrimônio público. Cada vez que a prefeitura vem reformar, esse dinheiro sai do nosso bolso”, relata.
Da mesma forma, o vendedor Eduardo Silva condena a irresponsabilidade de parte dos usuários do terminal. “Já precisei ir ao banheiro aqui várias vezes, mas era impossível de usar, porque a louça estava quebrada. Tenho certeza de que ela não se quebrou sozinha”, afirma.
A vendedora ambulante Nanci Margarida também está diariamente no terminal Morenão. Ela também constata o mal uso feito das instalações. “Não é só vandalismo, mas é um papel que se joga no chão, um sapato sujo que se encosta na parede… Todo mundo tem que tomar consciência de que não está em casa”, explica.
Já o estudante Pablo Nestor destaca o papel do usuário na inibição dos vândalos. “Quando a gente vê alguém depredando tem que chamar a Guarda, denunciar. Essas pessoas não têm respeito pelas coisas públicas”, conclui.
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