Intervenção antrópica pode colocar em risco Bacia e ambientalista cobra sobre recomposição da área

Impactos ambientais capazes de alterar quem sabe o regime hidráulico do sistema fluvial em uma importante fonte de abastecimento de água em Campo Grande. Na contra-mão do que vem sendo amplamente discutido em todo o país, na crise hídrica que vive São Paulo e outras cidades, a Prefeitura da capital sul-matogrossense autorizou a abertura de um areeiro em uma local que fica nas imediações da nascente do Córrego Guariroba. 

“É um absurdo esse tipo de permissão do Poder Público Municipal. Gostaria de saber inclusive qual será a exigência de recomposição da área e principalmente a compensação ambiental, já que se trata da vizinhança de um manancial, de uma das fonte de água para Campo Grande. Com tanto problema de falta de água em outros lugares aqui parece que a Sociedade e os governantes não aprendem”, diz o ambientalista Haroldo Borralho, indignado com o licenciamento à Mineradora Eva LTDA, publicado no Diogrande desta terça-feira (24).

O Midiamax tentou entrar falar com a Mineradora Eva, pelo telefone que a empresa divulgou em um buscador de negócios. Curiosamente após várias chamadas a ligação é direcionada a outro número, que é de uma residência. A professora  Maria Cleide afirmou a reportagem que não aguenta mais receber telefonemas de pessoas que perguntam se ela é da empresa, se a linha é da empresa.

“Desde o ano passado é isso. É de manhã, de tarde e até de noite. A gente fala que não é da mineradora, nem sei dessa mineradora mas eu chego a ter que desligar o meu aparelho para não ter que atender esse povo. Se não sou eu a passar por esse transtorno é a minha mãe que é idosa ou a nossa funcionária”, diz Maria Cleide que pretende investigar se há um direcionamento de chamadas para o seu número sem a sua autorização. A casa dela fica na Rua General Arthur Sóter, 395, no Jardim Samambaia, próximo ao bairro Maria Aparecida Pedrossian.

O Midiamax espera da Prefeitura de Campo Grande as respostas quanto aos questionamentos do ambientalista Haroldo Borralho quanto à extração de pedra, areia e argila na área que fica na rodovia BR 262, km 13 à esquerda, zona rural, município de Campo Grande/MS. A reportagem irá na quarta-feira (25) buscar esclarecimentos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano () a respeito do risco de desequilíbrio dos canais fluviais, assim como da aceleração da erosão laminar do solo no lugar que será explorado pela Mineradora Eva LTDA.