Por conta da gestação de gêmeos, laboratório cobra em dobro por ultrassom e assusta mãe
O pai das crianças pagou pelo procedimento, mas contestou se a conduta estaria correta
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O pai das crianças pagou pelo procedimento, mas contestou se a conduta estaria correta
Uma gestante, ao fazer o primeiro exame de ultrassom, no dia 12 de janeiro, em Campo Grande, teve dupla surpresa. Além de descobrir que estava grávida de gêmeos, ao invés de apenas uma criança, ela foi alertada pelo laboratório que teria que pagar em dobro pelo exame.
O laboratório escolhido pela gestante está localizado no Centro de Campo Grande e realiza mais 20 tipos de exames, entre eles a ultrassonografia convencional, ultrassonografia digital, ressonância magnética e raio-x digital.
De acordo com vigilante Antonio da Silva Rodrigues, que é marido de Suelen Nunes Rondon e pai das crianças, ao descobrir que eram duas crianças, a médica que fez o ultrassom não informou nada sobre o pagamento, contudo, sua auxiliar fez uma ressalva.
“Por ser gêmeos, ela me disse que o preço seria cobrado em dobro, passando de R$ 75 para R$ 150. Na hora que ela me disse eu achei estranho, porém, eu paguei sem reclamar. Ao chegar em casa, minha sogra e minha mulher me questionaram se isso estaria correto”, afirma o vigilante.
A avó materna das crianças, Eloisa Nunes Rondon, de 54 anos, questiona se esse procedimento feito pelo laboratório é normal. “Será que isso está certo? Pelo que sei foi feito apena um serviço, não entendo por que cobraram duas vezes”, reclama.
Por outro lado, o gerente administrativo do laboratório, Gil Sérgio Calçado, afirmou que este é um procedimento comum, pois são feitos dois laudos em virtude de haver duas crianças.
“Isso é comum quando atendemos gêmeos. Temos o respaldo da CBHPN (Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos) que não classifica como sendo um serviço único, pois é feita uma avaliação em cada criança”, explica.
Opinião de um especialista
De acordo com o advogado especialista em defesa do consumidor e membro da Comissão de Direito do Consumidor da OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil), Alexandre Daniel Santos, a princípio, o caso de Suelen parece ser abusivo.
“É preciso analisar o caso para dar uma opinião mais detalhada, mas posso dizer que, pelo menos a princípio, o serviço parece ser único, ou seja, não demanda mais ou menos trabalho o fato de haver duas crianças. Por isso, parece ser uma conduta abusiva”, afirma Alexandre.
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