Estatal negou que tenha compromisso com as empresas

Depois que um grupo de empresários do município de , distante 339 km de Campo Grande, bloqueou a BR-262 na divisa entre os Estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo, cobrando o pagamento de serviços prestados à construção da fábrica de fertilizantes da na cidade, a estatal se manifestou negando que tenha compromisso com as empresas.

“Com relação à situação dos fornecedores locais da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III – UFN III que não tiveram seus pagamentos honrados pelo Consórcio (antigo empreendedor do projeto), a Petrobras esclarece que é legalmente impedida de realizar pagamentos a fornecedores com os quais ela não possui vinculação contratual direta”, diz nota enviada pela empresa à imprensa.

A Petrobras alega que não integra o consórcio responsável pela construção da UFN III, razão pela qual não teria responsabilidade com subcontratados e fornecedores, mas revela que está, em parceria com a Prefeitura Municipal de Três Lagoas e a Associação Comercial e Industrial da cidade, “conduzindo negociações diretamente com a Sinopec (integrante do Consórcio) visando à busca de meios para fazer cumprir o pagamento dos débitos contraídos pelas empresas locais”, pontua a empresa.

Apesar dos problemas, a empresa garante que pretende concluir a fábrica no que chama de “menor prazo possível”, mas não estipula data. “Sobre a continuidade das obras de construção e montagem da UFN III, paralisadas desde a rescisão do contrato com o Consórcio em dezembro do ano passado, a Petrobras informa que já está refazendo o cronograma do projeto”, diz a estatal.

Os empresários da região, que bloquearam a rodovia, cobram do consórcio encabeçado pela Galvão Engenharia, citada na operação Lava Jato, da Polícia Federal, quase R$ 100 milhões.