Ministério da Saúde desmente Sesau e afirma ter repassado R$ 73,9 milhões em 2015

A Sesau havia culpado o ministério pelo atraso no pagamento dos enfermeiros

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A Sesau havia culpado o ministério pelo atraso no pagamento dos enfermeiros

O MS (Ministério da Saúde) desmentiu a Prefeitura de Campo Grande ressaltando que efetuou o depósito para pagar os enfermeiros da Santa Casa. No entanto, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) havia destacado que o atraso do pagamento se deu por conta do não repasse dos recursos federais. De acordo com o MS, somente em 2015 foi repassado para a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) R$ 73,9 milhões.

Na manhã da última segunda-feira (9) os enfermeiros do hospital chegaram a anunciar uma greve em vista do atraso dos salários, que, enfim, foram pagos ao fim do mesmo dia e a paralisação foi cancelada. Na ocasião, a Sesau justificou, em entrevista coletiva, que o atraso se deu em virtude do não repasse dos recursos por parte do ministério. “Vamos pagar esses salários com verbas próprias, serão R$ 10 milhões que originalmente iriam para compra de medicamentos e de produtos de laboratório, pois o ministério não repassou a parte dele”, explicou.

Porém, de acordo com a nota divulgada pelo MS, do montante total depositado, R$ 45,3 foram destinados para o custeio de serviços de média e alta complexidade, ou seja, para pagar serviços de enfermagem.

Além disso, o MS destacou que a parcela referente ao mês de fevereiro foi depositada na última sexta-feira (6) na conta bancária da Prefeitura de Campo Grande.

Por sua vez, a reportagem entrou em contato com o secretário municipal de saúde, Jamal Salem, a fim de apurar se o repasse do ministério foi ou não, realmente, feito. De acordo com Jamal, o depósito federal não foi feito. “Isso não procede, eles não depositaram, pelo menos até ontem (segunda). Convido a reportagem a olhar o extrato bancário para que não haja dúvidas”, justifica.

Ademais, Jamal conclui dizendo que essa prática é muito habitual. “É a velha história quando uma pessoa devedora fala que depositou e o outro, credor, diz que não recebeu. A palavra de um vai de encontro com a do outro”, diz.

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