Um dos filhos da diarista tem necessidades especiais 

 

Uma mãe, cujo filho tem necessidades intelectuais, reclama da espera de mais de oito anos na lista de contemplados da Emha (Empresa Municipal de Habitação), que distribui moradias para famílias de baixa renda. A diarista Maria Cristina dos Santos afirma que mora em uma casa de apenas dois cômodos, de madeira, no Jardim Centro Oeste.

Mesmo o imóvel sendo de pequeno porte, ela paga um aluguel de R$ 150. “Há cerca de dois anos eu fui selecionada e assinei um documento que indicava que seria, finalmente, contemplada com uma casa própria. Todavia, nos últimos sorteios, deram as casas para muitas familias e eu não fui beneficiada. Gostaria de saber qual é o critério deles, pois não entendo uma mãe, cadastrada há oito anos e com um filho portador de necessidades especiais, não ser chamada”, reclama.

Para dificultar ainda mais a vida de Maria, além de ter um filho com necessidades especiais, de 14 anos, a diarista tem outro filho de 11 anos e é separada do marido. “Quando estou trabalhando, ou vem a minha mãe cuidar das crianças ou eu só trabalho nos horários em que eles estão na escola”, explica.

Por outro lado, de acordo com a assessoria de imprensa da Emha, ter cadastro na entidade e possuir uma pessoa portadora de deficiência na família não garante o benefício habitacional. Há problemas, por exemplo, de ter documentação irregular ou faltar documentos, que impedem o recebimento de uma moradia.

A Emha não informou qual é a situação atual da diarista. Segundo a assessoria de imprensa, os dados seriam conferidos posteriormente, sem dar um prazo específico para isso, a fim de saber se Maria já preencheu os requisitos mínimos necessários.

Todavia, a diarista afirma que está com todos os documentos regularizados perante a Emha. Mesmo assim, reclama da espera há oito anos por uma casa própria.