Homenageando a Marinha do Brasil, Mocidade abre o Grupo Especial em Corumbá

Um tripé representou o Pórtico do 6 DN, um dos pontos turísticos mais famosos de Ladário

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Um tripé representou o Pórtico do 6 DN, um dos pontos turísticos mais famosos de Ladário

Segunda escola de samba do Grupo Especial a desfilar nesta segunda-feira de Carnaval – a primeira foi a Marquês de Sapucaí, que se apresentou na madrugada –, a Mocidade Independente da Nova Corumbá se credenciou, mais uma vez, na briga pelo principal título da folia corumbaense.

Homenageando a Marinha do Brasil com o enredo “Lançou a âncora, fixou raízes: a Marinha do Brasil uma epopeia no Pantanal”, a agremiação foi apresentada pelo seu presidente, Luiz Bosco Delgado e pelo carnavalesco Ricardo Vilalva e trouxe para a avenidaGeneral Rondon uma verdadeira aula sobre a história da navegação e a presença marcante do 6º Distrito Naval no Pantanal. Na comissão de frente, bailarinos representaram o cisne branco, personagem principal do Hino da Marinha.

Um tripé representou o Pórtico do 6 DN, um dos pontos turísticos mais famosos de Ladário. Com 19 alas, a Mocidade desfilou com 1.100 componentes e cinco carros alegóricos. No primeiro, o símbolo da escola dividiu espaço com elementos da mitologia grega e romana, uma referência ao oceano e seus guardiões.

O mestre-sala, Edélton Amorim, veio fantasiado do pirata Francis Drake e a porta-bandeira, Graziella Almeida, de Rainha Elizabeth Tudor. A bateria, um dos pontos fortes da Nova Corumbá, desfilou trajada como a armada de Dom João VI. Com uma ousada paradinha e coreografias contagiantes, os ritmistas comandados pelo mestre Diego Rojas fizeram o recuo com muita destreza.

As baianas representaram  Carlota Joaquina. A presença da Marinha na região começou a ser contada no terceiro carro, uma alegoria em forma de barco que representou a batalha do Riachuelo. A Guerra do Paraguai, o Exército e a Aeronáutica também foram lembrados no enredo de Sandro Assef, assim como o intercâmbio cultural entre cariocas e corumbaenses.

O carnavalesco Valdir Gomes, de Campo Grande, foi o destaque do carro “Forças Armadas: mãos amigas”. No último carro alegórico, o comandante do 6 Distrito Naval, contra-almirante Edervaldo Teixeira de Abreu Filho foi o principal destaque, acompanhada de sua esposa Luene. O desfile da Mocidade da Nova Corumbá terminou com a velha guarda trajada de “Lá vem a Marinha”, primeiro bloco carnavalesco da história de Corumbá.

História

Fundada em 1999, o Grêmio Recreativo Escola de Samba Mocidade Independente da Nova Corumbá tem as cores, verde, vermelho e branco. A agremiação da Zona Sul subiu para a elite do carnaval corumbaense em 2011, depois de ganhar o título do Grupo de Acesso em 2010. Foi campeã do carnaval da cidade em 2012, com o enredo “Por entre as borboletas, arara azul, debaixo de um pé de cedro, vou cantar; Dourados, Três Lagoas, Ponta Porã, como é Bonito ver Corumbá!”. Em 2014 ocupou a terceira colocação, atrás de A Pesada e Império do Morro.

Ao Diário Corumbaense, o presidente da Mocidade, Luiz Bosco Delgado, disse que a chuva que caiu durante todo o dia atrapalhou a preparação de alguns carros alegóricos. “Mas é isso, a gente tem que superar as dificuldades, a Mocidade veio com toda a força da sua comunidade, isso é importante”, frisou.

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