Apesar de ambulantes tomarem terminais, usuários se dividem sobre a presença
Na época da aprovação do projeto, alguns vereadores foram contra a legalização dos vendedores
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Na época da aprovação do projeto, alguns vereadores foram contra a legalização dos vendedores
Passageiros dividem opinião a respeito da presença de vendedores ambulantes no terminais de ônibus de Campo Grande. Em fevereiro do ano passado, os vereadores de Campo Grande aprovaram projeto de lei que permite a presença de vendedores ambulantes nos oito terminais de transbordo da Capital.
Água, antena, brinquedos, chinelo, salgados, pães entre outros são algum dos produtos que estão sendo vendidos, os quais passageiros consomem no local ou levam para casa, durante a viajem diária de ida ou volta. Aproximadamente 210 mil usuários utilizam o transporte coletivo nos terminais da Capital por dia.
Para obter a licença é necessário cadastro e licença da prefeitura. Para isso o vendedor precisa comprovar que possui renda formal e o fato de necessitar da atividade para garantir o sustento da família.
“Atrapalha um pouco, forram o chão com um pano, fica um monte de produtos amontoados no local, tinha que ter um espaço para eles trabalharem”, diz a ajudante operacional Deiva Agda Pereira de 32 anos.
“Eles precisam trabalhar, acho que não tem problema”, argumenta a zeladora Tereza Caligari de 58 anos. “Toma muito espaço, o terminal é pequeno, tem muitos (vendedores), e a cada dia tem mais”, de acordo com o vigilante Lúcio Silvério Sobrinho, de 66 anos.
“Estão trabalhando, ganhando o dinheiro deles, tem tantos malandros ai roubando, não estão incomodando ninguém”, argumenta a aposentada Derci Caetano da Rocha, de 78 anos.
Consta no projeto, aprovado no Legislativo, que para ter a licença é necessário fazer parte da Associação dos Vendedores Ambulantes dos Terminais de Transbordo de Campo Grande. Quem não tiver autorização, vender produtos não permitidos e levar mobílias aos terminais pode receber multa de R$ 100 até R$ 1 mil.
Situação dos terminais
Na época da aprovação do projeto, alguns vereadores se apresentaram contra a lei. Os vereadores Eduardo Romero (PTdoB) e a vereadora Luiza Ribeiro (PPS), relataram que além da falta de qualidade para os usuários do transporte coletivo, os terminais também apresentam condições inadequadas para os trabalhadores, fato que deveria ser observado na regulamentação da atividade, especialmente porque quatro novos terminais serão construídos, segundo a Prefeitura.
A ouvidoria da Prefeitura de Campo Grande iniciou nesta semana um trabalho para identificar os principais problemas do transporte coletivo da Capital.
Os trabalhos começaram na última terça-feira (13) e seriam concluídos no máximo em cinco dias. As reclamações serão enviadas por meio de relatório para a Assetur (Associação das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande), Seintrha (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação), Agereg (Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande) e Guarda Municipal.
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