Acusado por morte de cacique em 2003, foragido se entrega ao MPF
Nivaldo Alves de Oliveira é acusado de participar do homicídio do cacique Marco Veron
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
Nivaldo Alves de Oliveira é acusado de participar do homicídio do cacique Marco Veron
Nivaldo Alves de Oliveira, acusado de participar do homicídio do indígena guarani-kaiowá Marco Veron, em 2003, apresentou-se na Procuradoria da República em Dourados nesta sexta-feira (23), acompanhado de advogado.
Ele estava foragido há 12 anos, desde que teve prisão preventiva decretada. Nivaldo prestou depoimento no MPF-MS (Ministério Público Federal de Mato Grosso do Sul) e foi encaminhado à carceragem da Polícia Federal em Dourados, onde ficará à disposição da Justiça Federal.
Nivaldo foi denunciado pelo MPF-MS, mas, foragido, teve o processo em relação a ele desmembrado e suspenso. Agora, o processo judicial poderá voltar a tramitar.
Caso Veron
Acampados na Fazenda Brasília do Sul, em Juti, região sul do estado, na área reivindicada por eles como Tekohá Takuara, os kaiowá sofreram ataques nos dias 12 e 13 de janeiro de 2003, de um grupo de trinta a quarenta homens armados que foram contratados para agredí-los e expulsá-los daquelas terras.
No dia 12, um veículo dos indígenas com 2 mulheres, um rapaz de 14 anos e 3 crianças de 6, 7 e 11 anos foi perseguido por 8 km, sob tiros.
Na madrugada do dia 13, os agressores atacaram o acampamento a tiros. Sete índios foram sequestrados, amarrados na carroceria de uma camionete e levados para local distante da fazenda, onde passaram por sessão de tortura. Um dos filhos de Veron, Ládio, quase foi queimado vivo. A filha dele, Geisabel, grávida de sete meses, foi arrastada pelos cabelos e espancada. Marcos Veron, à época com 73 anos, foi agredido com socos, pontapés e coronhadas de espingarda na cabeça. Ele morreu por traumatismo craniano.
O julgamento dos réus Estevão Romero, Carlos Roberto dos Santos, Jorge Cristaldo Insabralde e Nivaldo Alves de Oliveira foi considerado histórico, por ser o primeiro envolvendo acusados pela morte de indígenas em MS. Os três réus foram condenados a 12 anos e 3 meses de prisão em regime fechado por sequestro, tortura e lesão corporal a seis indígenas, além de formação de quadrilha armada e fraude processual. Em outubro de 2008, o MPF ofereceu denúncia contra outras 24 pessoas por envolvimento no crime.
(Com informações do Ministério Público Federal de Mato Grosso do Sul)
Notícias mais lidas agora
- Polícia investiga ‘peça-chave’ e Name por calúnia contra delegado durante Omertà
- Ex-superintendente da Cultura teria sido morto após se negar a dar R$ 200 para adolescente
- Suspeito flagrado com Jeep de ex-superintendente nega envolvimento com assassinato
- Ex-superintendente de Cultura é assassinado a pauladas e facadas no São Francisco em Campo Grande
Últimas Notícias
Comemoração do centenário Rádio Clube reúne atletas em corrida pela Afonso Pena
Percurso de sete quilômetros interditou trechos de cruzamentos da avenida
Imprensa internacional repercute prisão de Braga Netto e destaca proximidade com Bolsonaro
O Washington Post escreveu que Braga Netto foi formalmente acusado em novembro
Homem é agredido com mata-leão após pedir para vizinhos abaixarem o som no São Conrado
Vizinhos relataram que a vítima teria partido para cima de um deles antes de ser agredido
Trabalhadores podem ter sete feriados prolongados em 2025; confira o calendário
Em Mato Grosso do Sul, seis feriado caem entre quinta e sexta-feira, o que possibilita feriados prolongados em 2025
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.