Vida de estagiário: Nada de pegar cafezinho. Profissional destaca a troca de experiências

Atividade descrita como “educativa, escolar e supervisionada”, o estágio é rotina comum para maioria dos universitários e alunos do ensino médio. A ação é considerada como um complemento ao aprendizado em sala de aula e uma maneira de ter contato com o mercado de trabalho, segundo estudantes. E na prática não existe aquela história de […]

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Atividade descrita como “educativa, escolar e supervisionada”, o estágio é rotina comum para maioria dos universitários e alunos do ensino médio. A ação é considerada como um complemento ao aprendizado em sala de aula e uma maneira de ter contato com o mercado de trabalho, segundo estudantes.

E na prática não existe aquela história de o estagiário “pegar um cafezinho” ou realizar atividades incompatíveis com a programação curricular o que, inclusive, pode gerar ação contra a agência integradora de estágio, de acordo com a Lei do Estágio, n° 11.788/2008.

A legislação, vigente desde setembro de 2008, elenca uma série de responsabilidades com relação ao estágio. Por exemplo, o estudante, em condição de estagiário, deve desempenhar funções ligadas à sua área de formação; deve ser firmado um termo de compromisso; receber acompanhamento da instituição de ensino e o estágio deve ter duração máxima de estágio de dois anos na mesma empresa.

Caso essas determinações não sejam cumpridas, a empresa ou instituição contratante está sujeita a punições e, em alguns casos, até mesmo processo no TRT (Tribunal Regional do Trabalho).

Agências integradoras

O contato e trâmite para efetivação de estagiário acontecem pelas agências integradoras, que disponibilizam regularmente oportunidades de estágio. Somente em Campo Grande há, pelo menos, três agências regulamentadas que fazem o acordo entre universidade/escola – estudante – empresa. Uma delas, a CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola), atende a Capital, Dourados e Três Lagoas. Atualmente, são 4.500 estudantes com estágio no Estado e, do total, mais de 50% são de Campo Grande.

De acordo com a superintendência da agência em MS, as áreas que oferecem mais vagas são Direito, Administração, Ciências Contábeis, seguida das Engenharias. Além disso, aponta a agência, diferente de outros locais, áreas de educação física também oferecem muitas oportunidades.

Via de duas mãos

Formado há pouco mais de dois anos, o publicitário Leonardo Alencar vive agora “o outro lado”, como contratante, mas, na época de acadêmico foi estagiário em duas empresas e reconhece a importância. “É muito importante a convivência com profissionais da área, poder colocar em prática o que vê na faculdade e a troca de experiências”, elenca.

Recém-criada, sua empresa ainda não conta com estagiários, mas o publicitário pretende contratar. O contato diário com as novidades e atualizações é um dos principais motivos. “Principalmente nesta área existem muitas novidades, é bom ter alguém que está nos bancos das universidades”.

A troca, para ele, é recíproca e os dois lados ganham. “É importante para a gente, que pode ficar ‘engessado’, e para os estudantes, que podem ver como funciona na prática o mercado de trabalho”, finaliza.

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