Turbulentos, Palmeiras e São Paulo tentam pôr rival na crise

O time que está há oito rodadas sem vencer no Campeonato Brasileiro, à beira da zona do rebaixamento, vai enfrentar o quinto colocado, que se encontra a apenas três pontos de entrar no G-4. Mas não se trata de só mais uma partida: Palmeiras e São Paulo farão neste domingo (18), às 16 horas, no […]

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O time que está há oito rodadas sem vencer no Campeonato Brasileiro, à beira da zona do rebaixamento, vai enfrentar o quinto colocado, que se encontra a apenas três pontos de entrar no G-4. Mas não se trata de só mais uma partida: Palmeiras e São Paulo farão neste domingo (18), às 16 horas, no Pacaembu, um clássico que pode mudar o destino dos dois times na temporada.

Basta uma vitória alviverde para afundar o rival em uma inesperada crise e viver uma rara semana tranquila; se o triunfo for tricolor, o adversário é quem provavelmente passará os próximos dias na degola. No dinamismo às vezes irracional do futebol brasileiro, a percepção da torcida sobre o time pode mudar com apenas um jogo, e as duas equipes têm agora a chance de afastar a pressão e as cobranças – e, de quebra, jogá-las no colo do vizinho.

O Palmeiras tem motivos de sobra para falar em “crise”. Além do jejum de vitórias na competição nacional – o técnico Ricardo Gareca só obteve vitórias sobre Avaí, na Copa do Brasil, e Fiorentina, em amistoso –, a equipe passa por outras turbulências. Wesley e Leandro, dois jogadores que custaram um alto investimento do clube e vivem péssima fase, estão barrados para o clássico, e devem dar lugar a Marcelo Oliveira e Mouche.

Uma suposta discussão entre Gareca e Wesley no vestiário após a derrota para o Atlético-MG na semana passada foi desmentida por técnico e jogador, mas isso não significa que o Palmeiras está livre de problemas extracampo. Valdivia, que protagonizou um episódio tragicômico ao ficar inacessível e passar alguns dias na Disney depois de sua negociação com o Al Fujairah (EAU) ter fracassado, também foi causa de dores de cabeça à diretoria alviverde, mas está pronto para voltar ao time titular diante do São Paulo.

O time que tentará evitar que o Palmeiras passe sua primeira rodada na zona do rebaixamento deverá ter Fábio; Wendel, Lúcio, Tobio e Victor Luís; Renato e Marcelo Oliveira; Allione, Valdivia e Mouche; Henrique. O novo contratado Cristaldo começa no banco de reservas. Com 14 pontos, a equipe alviverde está empatada com o Vitória e somente um ponto à frente de Figueirense, Botafogo, Bahia e Flamengo; até o lanterna Coritiba, com 12, pode passar os palmeirenses.

Parece incrível falar que um time a três pontos do G-4 do Brasileiro está às portas da crise, mas uma nuvem escura certamente se instalará sobre o Morumbi em caso de derrota para o Palmeiras. O São Paulo já vinha irritando a torcida e a diretoria com a falta de regularidade – apesar do elenco altamente qualificado, boas e más exibições se alternavam semana a semana. A gota d’água parece ter sido a recente eliminação em casa para o Bragantino na Copa do Brasil, em que os tricolores perderam por 3 a 1 e foram massacrados nas finalizações (18 a 5).

O presidente Carlos Miguel Aidar chegou a declarar que esperaria mais duas semanas antes que sua paciência com a equipe se esgotasse. O técnico Muricy Ramalho, até então aparentemente intocável no comando da equipe, reagiu dizendo que ele próprio pedirá demissão se “não estiver bem”. Um clima pesado se instalou no clube, algo inimaginável após a excelente exibição do último fim de semana: 3 a 1 sobre o Vitória, com atuação de gala do quarteto ofensivo formado por Kaká, Ganso, Pato e Alan Kardec.

Os quatro nomes de peso do ataque são-paulino, aliás, devem novamente entrar como titulares diante do Palmeiras. Para continuar perseguindo o G-4 e tentar afundar o rival na tabela, o time de Muricy deve ter Rogério Ceni; Luís Ricardo, Paulo Miranda, Rafael Toloi e Álvaro Pereira; Denilson, Souza, Ganso e Kaká; Alan Kardec e Alexandre Pato. Os desfalques ficam por conta dos suspensos Douglas, Antônio Carlos e Osvaldo, além dos lesionados Luís Fabiano e Rodrigo Caio.

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