Três morrem em bombardeios na cidade ucraniana de Donetsk

Pelo menos três pessoas morreram nesta quarta-feira (27) no centro de Donetsk, capital dos rebeldes no leste da Ucrânia, bombardeado pelo exército ucraniano. As três vítimas estavam em um automóvel atingido por um projétil, segundo uma fonte policial. A Ucrânia descartou suspender agora a operação antiterrorista no leste do país, mas cogita um cessar-fogo bilateral […]

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Pelo menos três pessoas morreram nesta quarta-feira (27) no centro de Donetsk, capital dos rebeldes no leste da Ucrânia, bombardeado pelo exército ucraniano.

As três vítimas estavam em um automóvel atingido por um projétil, segundo uma fonte policial.

A Ucrânia descartou suspender agora a operação antiterrorista no leste do país, mas cogita um cessar-fogo bilateral no futuro, sempre que os separatistas pró-Rússia renunciarem à luta armada, declarou nesta quarta-feira o chefe adjunto da administração presidencial, Valeri Chali.

“A operação antiterrorista é nossa prerrogativa soberana para defender nosso país. E se há ataques por parte dos terroristas, nosso Exército deve defender o povo”, disse Chali em entrevista coletiva.

O funcionário detalhou os planos para a elaboração de um “roteiro” para um de cessar-fogo bilateral, que seria supervisionado pela Osce (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa), o que foi antecipado ontem em Minsk pelo presidente ucraniano, Petro Poroshenko, depois de se reunir com o chefe de Estado da Rússia, Vladimir Putin.

Chali especificou que o roteiro não será um documento concreto, mas um processo que deverá incluir medidas para pôr fim à guerra, que são as mesmas previstas no chamado “Plano de paz de Poroshenko”.

“A base do plano de paz transitório deve ser o plano de paz do presidente Poroshenko, (cujas) propostas podem ser realizadas através do grupo de contato” para a Ucrânia, integrado por Kiev, Moscou e a OSCE, e do qual participam como convidados representantes dos separatistas pró-Rússia.

Os rebeldes rejeitam frontalmente o plano de paz de Poroshenko, já que este não contempla mais que sua rendição quase incondicional com a possibilidade de deixarem a região do conflito (presumivelmente para a Rússia) ou de aceitarem uma anistia, que seria concedida somente para aqueles que não se envolveram em crimes graves.

A postura de Kiev exclui os rebeldes como parte interlocutora, como voltou a deixar claro hoje Chali, que após assinalar que o “roteiro” está sendo elaborado em regime de negociação, explicou que Poroshenko conversa com “líderes da Comissão Europeia, do Conselho Europeu e com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel”.

Assim como fez ontem o líder ucraniano, Chali reiterou que entre os assuntos a serem incluídos na negociação estão o controle internacional da fronteira russo-ucraniana, o cessar-fogo bilateral, a libertação dos presos e a reconstrução da infraestrutura destruída durante o conflito.

“As conversas realizadas ontem em Minsk foram muito produtivas e nelas foi enfatizado claramente que não há negociação sobre a soberania, a integridade territorial, a independência de nosso Estado, a vontade soberana do povo ucraniano e a vontade europeia”, disse hoje o próprio Poroshenko.

As declarações de Poroshenko acontecem depois da primeira reunião cara a cara realizada ontem com Putin durante a cúpula entre a União Aduaneira (Rússia, Belarus e Cazaquistão), a Ucrânia e a União Europeia em Minsk, a capital bielorrussa, sem progresso aparente para pôr fim à guerra entre as forças de Kiev e os separatistas pró-Rússia.

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