Três anos sem Bin Laden: descentralizada, Al-Qaeda ainda ameaça
1º de maio, além de ser o Dia do Trabalhador em muitos países, é uma data memorável devido a um pronunciamento histórico do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Foi nessa data, em 2011, que Obama anunciou oficialmente a captura e morte de um dos terroristas mais temidos do mundo: Osama Bin Laden, responsável pelos […]
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1º de maio, além de ser o Dia do Trabalhador em muitos países, é uma data memorável devido a um pronunciamento histórico do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Foi nessa data, em 2011, que Obama anunciou oficialmente a captura e morte de um dos terroristas mais temidos do mundo: Osama Bin Laden, responsável pelos atentados de 11 de setembro e criador da organização Al-Qaeda.
Com a sua morte, os americanos e todo o resto do mundo acreditaram que a ameaça terrorista diminuiria significativamente. No entanto, o que pode ser dito é que o líder se foi, mas a ideologia não.
Com a morte de Bin Laden, a liderança da Al-Qaeda caiu nas mãos do egípcio Ayman Al-Zawahiri. Sem o carisma do líder saudita, Al-Zawahiri não conseguiu se impor e nem organizar grandes ataques em nome do islamismo. Assim, a Al-Qaeda Central perdeu sua força e, em contrapartida, as franquias e parceiros da entidade se fortaleceram ao redor do mundo. O movimento não enfraqueceu, ele só deixou de se resumir a um nome principal, o que pode representar um perigo ainda maior.
Transformado e descentralizado, o grupo terrorista recuou, nos últimos anos, dos ataques ao ocidente e passou a atuar principalmente no próprio Oriente Médio. Ataques na Somália, no Iêmen e na Síria acontecem com frequência e muitos dos líderes assumem ter ligações com a Al-Qaeda. Um fator preocupante para localizar a ação da entidade é que muitos grupos terroristas não possuem ligação nenhuma com a Al-Qaeda, outros são franquias independentes e há ainda os ataques que não são feitos por terroristas e sim por serial killers. O difícil é classificá-los.
Hoje, pelo menos dez países fazem parte de franquias da Al-Qaeda e cada um deles tem voluntários de todas as partes do mundo. A Al-Qaeda na Península Arábica (AQPA), constituída em sua maior parte por integrantes da Arábia Saudita e do Iêmen, foi a única a reconhecer Al-Zawahiri como autoridade. Na última segunda-feira, o governo do Iêmen afirmou ter prendido 12 integrantes da organização e, entre eles, haviam alemães, franceses, árabes e até brasileiros.
Entre os outros braços da entidade, destacam-se a Al-Qaeda no Magreb (formada por militantes da Argélia, Mali, Mauritânia e Níger), a Harakat al-Shabaab (da Somália), a Al-Qaeda do Iraque, a Jabhat Al-Nusra (da Síria), Ansar Al- Sharia (de outros países do Norte da África) e o Boko Haram (do Norte da Nigéria).
A Síria é, atualmente, o país onde mais pessoas são treinadas para atuar com o terrorismo. Quando os conflitos dentro do país cessarem e a nação se reorganizar, a geração de terroristas formada nos últimos anos será altamente qualificada para atuar em guerra urbana e deve representar uma ameaça considerável. No entanto, o que as autoridades mais temem é que a Al-Qaeda se fortaleça separadamente e, depois disso, centralize-se em um ataque em escala mundial. Para tanto, ações antiterrorismo são adotadas em todos os países, principalmente nas grandes potências mundiais, como os EUA.
Uma história cheia de dúvidas
O mundo inteiro observou os noticiários no dia 11 de setembro de 2001, quando, às 8h46, a torre norte do World Trade Center apareceu incendiada, após a colisão de um avião. Dezessete minutos depois, enquanto as câmeras ainda apontavam para os edifícios, um segundo avião atingiu a torre sul do complexo. O mundo entrou em choque.
Às 17h21 do mesmo dia, uma das outras torres do complexo veio ao chão de maneira totalmente vertical, como se tivesse sido implodida. Mais tarde, essa cena seria analisada por diversos especialistas. Afinal, explicar como um prédio construído com aço veio ao chão sozinho não é uma tarefa fácil até os dias de hoje. E esse não é o único mistério que rodeia os atentados nos EUA. Alguns acreditam ainda que os ataques foram planejados pelas próprias autoridades norte-americanas.
Entre os grupos que refutam a versão oficial do governo americano, de que o 11 de Setembro foi arquitetado e executado pela rede Al-Qaeda do saudita Osama bin Laden, há centenas de civis, físicos, engenheiros, militares, pilotos e até mesmo sobreviventes.
Além do ataque, a própria Al-Qaeda é alvo de questionamentos. O nome da entidade não era usado e nem mesmo conhecido até os fatídicos atentados ocorrerem. Especialistas afirmam que nem mesmo Osama Bin Laden chamava a entidade por esse nome, antes dos ataques no dia 11 de setembro. A teoria é de que a entidade terrorista existia, mas que não era como a conhecemos hoje. Há quem diga que trata-se de uma invenção norte-americana.
A morte de Osama Bin Laden é outra incógnita que rodeia a história dos Estados Unidos. Alguns dizem que o líder saudita foi levado vivo do Afeganistão a Abbottabad pelos americanos, e foi executado no lugar para manchar a imagem do Paquistão. Outros dizem que ele ainda está vivo.
Na época da divulgação de sua morte, os EUA decidiram não publicar nenhuma imagem do corpo de Bin Laden, que afirmam ter sido sepultado no mar. Morto ou vivo, o terrorista despertou um ideal que vive até os dias de hoje, em diversas partes do mundo.
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