Trabalho em família: papais noéis se preparam para maratona do Natal
Com a proximidade do Natal, chegou a hora do Papai Noel tirar a roupa do armário e se preparar para a verdadeira maratona que terá que enfrentar. Afinal, além de cumprir expediente de aproximadamente 12 horas nos shoppings da cidade, ainda participa de festas de empresas, escolas e em residências, fazendo entrega de presentes em […]
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Com a proximidade do Natal, chegou a hora do Papai Noel tirar a roupa do armário e se preparar para a verdadeira maratona que terá que enfrentar. Afinal, além de cumprir expediente de aproximadamente 12 horas nos shoppings da cidade, ainda participa de festas de empresas, escolas e em residências, fazendo entrega de presentes em confraternizações.
Mas em alguns casos, a família se une para dar conta dos compromissos. É o caso de Roberto Pereira de Oliveira, de 61 anos, comerciante e Osvaldo Pereira da Rosa, de 59 anos, aposentado que são cunhados e que nesta época do ano dão asas aos sonhos de milhares de criança transformando-se em papais noéis. O detalhe é que a agenda dos dois é elaborada pela mulher de Roberto, irmã de Osvaldo.
Embora cunhados, os dois têm uma grande semelhança física e muitos chegam a acreditar que sejam irmãos. Isto até provoca situações inusitadas, como a que aconteceu há pouco tempo. Roberto é proprietário de um bar e certo dia estava ao lado de Osvaldo no estabelecimento. Um cliente, depois de tomar umas doses encontrou os dois lado a lado e se espantou. “Vocês são dois mesmo ou eu que já bebi demais e estou vendo em dobro?”, questionou o cliente provocando risos nos presentes.
Roberto é o “mais antigo” da dupla e desempenha o papel desde 2006. Segundo ele, a forma como começou a “carreira” chega a ser curiosa. “Em 2006 fui ao shopping com minhas netas e elas queriam tirar fotos com o Papai Noel que estava lá. Como cobravam uma taxa eu me recusei e fiquei dando voltas em algumas lojas. Como eu já tinha cabelo e barba brancos e compridos, o gerente de uma loja disse que eu parecia mais com Papai Noel que aquele que estava trabalhando. Ele me convidou para desempenhar o papel dentro da loja dele e aceitei. O curioso é que o movimento na loja acabou ficando grande. No ano seguinte a direção do shopping me convidou e acabei virando o Papai Noel oficial de lá”, afirmou.
Além desta função, Roberto faz ainda participações em festas particulares, escolas e entidades assistenciais. A sua agenda já foi aberta e nos dias 11 e 12 participou de dois eventos em um estabelecimento de ensino da Capital.
“Eu já fiz praticamente de tudo na construção civil e agora no comércio, mas o que me realiza mesmo é ser Papai Noel. A gente se emociona com alguns acontecimentos e só de ver a alegria estampada no rosto das crianças já é gratificante”, afirmou.
Quanto aos pedidos curiosos, afirmou que já teve vários, mas um foi especial. “Uma vez um grupo de crianças descendentes de japoneses foi ao shopping e uma delas fez o seguinte pedido: “se o senhor é mesmo Papai Noel e tem tanto poder, poderia fazer com que meu pai voltasse a viver com a gente? Os pais eram separados e o pedido me emocionou muito. Quando pedem algo material é natural, mas quando o pedido é sentimental, mexe com a gente”, afirmou.
Ele também já passou por situações críticas. “Estava em uma escola quando uma menina de cerca de 10 anos se aproximou e não acreditou que a barba e o cabelo eram originais e começou a puxar. Até o meu gorro ela tirou e depois ficou satisfeita com o resultado”, afirmou.
O detalhe curioso é que Roberto tem nove netos e como moram em outro Estado, a maioria não conhece o avô como Papai Noel. “Não sei qual seria a reação deles, mas um dia ainda faço uma surpresa”, diz
Quanto a Osvaldo, o início na “função” de Papai Noel aconteceu em 2010, quando aceitou a sugestão da irmã, mulher de Roberto. “Eu estava aposentado e como tinha parte do cabelo e barba grisalhos ela me incentivou a desempenhar este papel e eu aceitei. Depois de uma sessão de descolaração acertei meu primeiro contrato e gostei. Foi amor à primeira criança”, declara.
Quanto às curiosidades da função, afirma que já foi abordado por vários adultos com pedidos de casas, carros e outros bens. Mas segundo ele, o que mais emociona são crianças pobres que pedem comida ou mesmo uma ceia no Natal. “Teve um caso curioso e que me emocionou. Em um ano um homem foi até mim e pediu que o Papai Noel o ajudasse a tirar o filho das drogas. No ano seguinte o mesmo pai voltou e me agradeceu porque tinha alcançado seu objetivo”, diz emocionado.
A “empresária” da dupla é Valmerina Pereira da Rosa, de 67 anos, casada com Roberto há 25 anos. “Se eu já fazia a agenda do Roberto, não foi nada demais fazer também a do Osvaldo e assim atendemos a mais compromissos. São chamados para vários eventos e a cada ano aumenta o pedido para festas em empresas, quando são distribuídos presentes para os funcionários e familiares. No ano passado ele participou até de uma Festa do Pijama de uma escola e com isso os convites vão se diversificando”, afirmou.
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