Thyssen pode retomar venda de siderúrgica no Brasil em alguns anos

A maior produtora de aço da Alemanha, a ThyssenKrupp, quer eventualmente retomar os esforços para vender a sua usina siderúrgica brasileira, depois de não conseguir encontrar um comprador para o ativo em 2013, segundo uma rádio alemã. No final de novembro, a ThyssenKrupp vendeu sua unidade nos EUA para dois rivais em um acordo esperado […]

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A maior produtora de aço da Alemanha, a ThyssenKrupp, quer eventualmente retomar os esforços para vender a sua usina siderúrgica brasileira, depois de não conseguir encontrar um comprador para o ativo em 2013, segundo uma rádio alemã.

No final de novembro, a ThyssenKrupp vendeu sua unidade nos EUA para dois rivais em um acordo esperado há muito tempo para ajudar a livrá-la de um plano expansão malfadado, mas não conseguiu arranjar um comprador para a unidade brasileira, a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA).

A mineradora Vale é sócia na CSA com 27 por cento de participação, e a Thyssen possui o capital restante, majoritário.

“Tem que ser dito muito claramente que a médio e longo prazo, a ThyssenKrupp não quer a usina do Brasil”, disse o diretor presidente Heinrich Hiesinger à Deutschlandfunk, acrescentando que não queria determinar uma data em que a venda poderia ser relançada.

“A venda da usina nos EUA e um aumento de capital anunciados simultaneamente estão ajudando a ThyssenKrupp a reduzir sua pilha de dívidas para pouco mais de três bilhões de euros (4,1 bilhões de dólares)”, disse Hiesinger, de acordo com a entrevista à rádio que foi ao ar no domingo.

“Se continuarmos mais um ou dois anos nesse caminho, diminuiremos ainda mais a nossa dívida, indo em direção a um caminho sem dívidas”, ele disse.

A semanal Der Spiegel citou Hiesinger como tendo dito: “Temos que dobrar nossos lucros antes de juros e impostos”.

A revista não especificou a qual período Hiesinger estava se referindo.

Na reunião anual da ThyssenKrupp na sexta-feira, Hiesinger vai enfrentar perguntas difíceis dos acionistas sobre o progresso que a empresa tem feito em sua transformação de um grupo siderúrgico de 200 anos em um moderno conglomerado de engenharia de alta-tecnologia.

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