Vestida com uma camisa do Flamengo, time do coração do marido, com os dizeres “Santiago, eu sempre te amarei”, Arlita Andrade, mulher do cinegrafista da Band morto após ter sido atingido por um rojão durante um protesto na quinta-feira da semana passada, conversou com a imprensa durante o velório do companheiro.

Assistente social e diretora de creche, ela falou sobre os dois suspeitos presos esta semana. “Todas as crianças que passaram por mim (na creche) não foram violentas. Tenho muita pena desses dois rapazes”, declarou.

Arlita fez um apelo para os jornalistas: “Queria pedir a todo mundo: por favor, sejam mais amigos, sejam mais tranquilos, tenham amor um pelo outro”.

Sobre o trabalho do marido, ela disse que conversava com ele: “Eu falava: ‘poxa, amor, faz alguma coisa mais leve’. E ele respondia: ‘eu gosto de tiro, porrada e bomba’. O sonho dele era ser repórter cinematográfico”.

A cremação do corpo de Santiago está marcada para as 11h desta quinta, e será reservada à família. Os órgãos do cinegrafista foram doados. A família informou que esse era o desejo dele.