Taxistas de São Paulo se declaram contra aplicativo Uber

A Associação das Empresas de Táxi do Município de São Paulo (Adetax) se posicionou contra o lançamento do aplicativo Uber na capital. Em comunicado, a entidade afirma que o aplicativo pode criar uma concorrência desleal com os mais de 34 mil taxistas da cidade. O Uber oferece aos usuários uma carona paga, da mesma forma […]

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A Associação das Empresas de Táxi do Município de São Paulo (Adetax) se posicionou contra o lançamento do aplicativo Uber na capital. Em comunicado, a entidade afirma que o aplicativo pode criar uma concorrência desleal com os mais de 34 mil taxistas da cidade.

O Uber oferece aos usuários uma carona paga, da mesma forma que os aplicativos de chamada de táxi. A startup contrata o serviço de terceiros, que podem ser empresas do setor ou motoristas profissionais liberais, com habilitação e veículo para uso comercial, mas que não são taxistas. O aplicativo foi lançado recentemente no Rio de Janeiro e está em fase de estes em São Paulo.

A Adetax argumenta que “a legislação já estabelece que o transporte individual de passageiros na cidade deve ser feito apenas por táxis”. Em comunicado, a associação cita a qualidade do serviço prestado pelos taxistas, a variedade de carros oferecidos, e o preço, que é baseado na tarifa determinada pela prefeitura. “Permitir as operações de um aplicativo que cobra por valores de ‘corrida’, ‘bandeirada’ e ‘quilômetro rodado’ criaria uma concorrência desleal com os profissionais e empresas que têm o direito de prestar esse serviço na cidade”, afirmou.

Esta não é a primeira vez que o Uber recebe críticas de taxistas. No dia 11 de junho, taxistas de diversas cidades europeias, como Barcelona, Madri, Londres e Paris, protestaram contra a startup e aplicativos similares. O Uber está presente em 37 países e tem crescido de forma bastante rápida, o que chamou a atenção das empresas de táxi e dos investidores também.

Em contrapartida aos protestos dos taxistas, a startup não deve ceder. Em entrevista ao Terra, Solamon Estin, membro da equipe de expansão do Uber na América Latina, comentou sobre o assunto e disse que a empresa está muito focada em continuar suas operações. “Acho que em qualquer lugar do mundo onde existe uma inovação profunda em um mercado que está sendo muito antiquado – e que precisa de mudança -, vai haver uma resistência”, declarou.

O Uber oferece um serviço premium com motoristas treinados e carros mais luxuosos. Em São Paulo, a tarifa de base é de R$ 5, e o quilômetro rodado custa R$ 2,42. Para se ter uma comparação, os táxis da capital cobram R$ 4,10 a bandeirada e R$ 2,50 o quilômetro rodado. A startup de tecnologia também se diferencia pelo pagamento da corrida por cartão de crédito via o próprio smartphone.

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