Suíça corta restrição a investigações e Fifa poderá ter contas abertas

A Fifa entrou na mira do governo da Suíça. Após as diversas denúncias de corrupção na entidade nos últimos anos, o país decidiu encerrar os privilégios dados à entidade, que até então não poderia ser investigada, e abriu a possibilidade de que ela possa ter suas contas vistoriadas em casos de novas suspeitas. “As contas […]

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A Fifa entrou na mira do governo da Suíça. Após as diversas denúncias de corrupção na entidade nos últimos anos, o país decidiu encerrar os privilégios dados à entidade, que até então não poderia ser investigada, e abriu a possibilidade de que ela possa ter suas contas vistoriadas em casos de novas suspeitas.

“As contas dos dirigentes da Fifa terão o mesmo tratamento dado aos piores ditadores do mundo”, disse o deputado Roland Buchel, um dos opositores da Fifa no parlamento suíço, em reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo nesta terça-feira (23).

A medida não atinge apenas a Fifa, mas todas as mais de 30 entidades esportivas internacionais sediadas no país por causa de seus acordos tributários e, até então, da lei que impedia que empresas privadas fossem investigadas por corrupção. Estudo do governo mostrou que o país lucra US$ 5 bilhões com a presença destas organizações.

“Pessoas como João Havelange cometeram atos de nepotismo e corrupção e sujaram a imagem do esporte”, afirmou Buchel.

A mudança na determinação vinha sendo tentada desde junho, quando um grupo de deputados tentou derrubar a lei que protegia as empresas privadas de investigações. Entidades como a Uefa e o Comitê Olímpico Internacional foram a favor, mas o lobby de empresas multinacionais e de bancos impediram que a alteração fosse adiante.

O governo, porém, entendeu que as constantes denúncias de corrupção envolvendo a Fifa sujaram a imagem do país e decidiu rever a restrição às investigações no caso das entidades esportivas.

“A corrupção privada será processada e reprimida, mesmo que não cause distorções na concorrência pública”, disse o ministério da Justiça do país, em um comunicado.

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