Substituto de Pelé na Copa de 62 vê seleção brasileira em decadência

Maior vencedor da história das Copas e único país a participar de todas as edições do torneio, o Brasil já carrega há décadas a fama de ser o país do futebol. E, como sede do Mundial neste ano, é considerado por muitos o favorito ao título. Mas para o representante de uma das maiores conquistas […]

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Maior vencedor da história das Copas e único país a participar de todas as edições do torneio, o Brasil já carrega há décadas a fama de ser o país do futebol. E, como sede do Mundial neste ano, é considerado por muitos o favorito ao título.

Mas para o representante de uma das maiores conquistas da equipe canarinha, o futebol do time comandado pelo técnico Luiz Felipe Scolari está em decadência. Amarildo, o atacante que teve a difícil e honrosa missão de substituir Pelé na Copa do Mundo de 1962, não vê a seleção brasileira de hoje forte o suficiente para ganhar o Mundial e acredita que Alemanha ou Espanha estão mais bem preparadas para levantar a taça no dia 13 de julho no Maracanã.

Em entrevista especial à BBC Brasil para falar sobre a conquista de 1962, Amarildo, que está com 74 anos, fez comparações entre o time do qual fez parte e este que vai disputar a Copa deste ano no Brasil. “A seleção de hoje está em baixa, com muitas dúvidas ainda a serem resolvidas, e muitos problemas. Hoje ninguém sabe ainda qual time disputará a Copa”, disse.

“Passamos muitos anos como melhor futebol do mundo, agora temos que voltar a ser”.

Amarildo era reserva do time que foi ao Chile para disputar o bicampeonato em 1962, mas com a lesão sofrida por Pelé logo no segundo jogo do Mundial, o atacante botafoguense acabou ficando com a vaga.

Substituir o maior jogador de todos os tempos não seria tarefa fácil, mas Amarildo tirou de letra e estreou logo fazendo os dois gols da vitória por 2 a 1 contra a Espanha que garantiu o Brasil na segunda fase da Copa. Mas ele explica a tamanha “facilidade” com que substituiu Pelé com uma palavra: equilíbrio.

“A força daquela seleção era essa. Qualquer jogador que entrasse, não mudaria tanto, era um time muito equilibrado”, conta. “No time de agora, escolher é difícil, tem que ter uma cabeça muito inteligente.”

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