SP: PF prende grupo que aplicava golpes em políticos

Um grupo que aplicava golpes em políticos foi preso pela Polícia Federal (PF) de Jales, no interior de São Paulo, na manhã desta sexta-feira em um flat da cidade de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo. O golpe consistia em conseguir milhares de dólares afirmando que eles iriam trocá-los por recursos […]

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Um grupo que aplicava golpes em políticos foi preso pela Polícia Federal (PF) de Jales, no interior de São Paulo, na manhã desta sexta-feira em um flat da cidade de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo. O golpe consistia em conseguir milhares de dólares afirmando que eles iriam trocá-los por recursos de sobra de campanhas passadas de deputados e senadores de Brasília.

A investigação federal denominada “Mala Preta”, em alusão à mala utilizada pelos golpistas para levar os recursos financeiros obtidos, teve início no mês de abril quando a PF obteve informações que um grupo estaria fazendo reuniões com políticos e pretensos políticos da região de São José do Rio Preto. Os golpistas diziam que os recursos eram provenientes de “caixa dois” de campanhas passadas e estariam dispostos a trocá-los por dólares a uma cotação bem mais alta que a oficial.

As vítimas conseguiam valores de 50 a 250 mil dólares para serem trocados por reais. Os golpistas trocavam os dólares verdadeiros por reais falsos. Os pacotes eram lacrados com fitas semelhantes às da Casa da Moeda e com cédulas de real verdadeiras nas extremidades dos pacotes e falsas no interior dos mesmos para ludibriar as vítimas.

Na manhã de desta sexta-feira, policiais federais disfarçados que haviam se hospedado no flat onde o grupo aplicaria um golpe prenderam em flagrante delito duas pessoas. uma de 43 anos, produtor rural de Divinópolis, Minas Gerais, que se passava por assessor financeiro e político de deputados e senadores de Brasília e outra de 35 anos, corretora de imóveis de Taquara, Rio de Janeiro, que se passava por secretária do assessor. Ambos estavam no saguão do flat aguardando uma vítima no momento em que foram presos. Eles utilizavam os nomes falsos de Francisco José Tavares e Cristiane Tavares Campos.

O terceiro preso, de 50 anos, é investigador da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Ele dava cobertura para a dupla do lado de fora do Flat. Os federais encontraram com ele uma mala preta com aproximadamente 300 mil reais entre cédulas verdadeiras e cédulas semelhantes às de cinquenta reais. Ele estava portando uma pistola Taurus, calibre .40, de propriedade da Polícia Civil do Rio de Janeiro.

Em outro Hotel, na Rodovia Washington Luis em Rio Preto, outra mala com aproximadamente 300 mil reais em cédulas verdadeiras e semelhantes às verdadeiras foi localizada. Os presos estavam hospedados naquele local e pretendiam fugir para o Rio de Janeiro e Divinópolis após a concretização do golpe.

Uma agenda contendo diversos nomes também foi encontrada pela PF com os presos. Os nomes ali indicados serão investigados para a coleta de mais provas. Várias das vítimas não procuram a polícia em razão da origem dos dólares perdidos.

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