SP: Advogado quer revogar prisão de suspeita na morte de zelador
O advogado de Ieda Cristina Cardoso Martins, 47 anos, suspeita de envolvimento na morte do zelador Jezi Lopes de Souza, 63 anos, assassinado na última sexta-feira na zona norte de São Paulo, vai pedir a revogação temporária de sua cliente, sob alegação de que ela não teria participação nenhuma no crime. Jezi foi morto no […]
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O advogado de Ieda Cristina Cardoso Martins, 47 anos, suspeita de envolvimento na morte do zelador Jezi Lopes de Souza, 63 anos, assassinado na última sexta-feira na zona norte de São Paulo, vai pedir a revogação temporária de sua cliente, sob alegação de que ela não teria participação nenhuma no crime. Jezi foi morto no prédio onde trabalhava, na Casa Verde, pelo marido de Ieda, o publicitário Eduardo Tadeu Pinto Martins, 47 anos, que confessou o assassinato.
“No momento do crime, ela não estava no apartamento. O Eduardo ligou para ela, no trabalho, às 16h30, dizendo que estava passando mal. Às 15h30, o zelador saiu do elevador e se atracou com Eduardo no hall do andar e, nesse momento, ele bateu a cabeça no batente da porta e faleceu. Ela chegou em casa por volta das 17h e o marido pediu para ela descer para comprar algumas coisas para o filho, inclusive pão. Na volta, ele disse para ela buscar o filho que os dois iriam na igreja, levar roupas para doação”, disse o advogado Roberto Guastelli .
Segundo a versão de Ieda, o casal já tinha combinado de levar roupas para doação até a igreja Santa Rita, no Pari. De acordo com a defesa da mulher, ao voltar com o filho, ela interfonou para o marido, que não atendeu. “Aí ela foi para a garagem, achando que ele estava lá. Chegando lá, ela interfonou outra vez e ele atendeu, descendo com a mala e o saco de roupas”, disse.
Ao ser questionado se a sua cliente não desconfiou do peso da mala, que continha o corpo do zelador, ele disse que ela não fez esforços para ajudar a colocar a mala no carro. “Ele que fez toda a força, ela apenas direcionou a mala para o porta-malas. E a mala estava pesada mesmo, pois ela tinha colocado roupas e sapatos para a doação anteriormente.”
De acordo com o advogado, por causa do trânsito na marginal Tietê na sexta-feira, o casal demorou muito a chegar à Igreja, que já estava fechada. Ao voltar para casa, Eduardo deixou a mulher e o filho no escritório dela e informou que iria para Praia Grande, visitar o pai que não estaria bem.
“Ele deixa ela no escritório com o filho e ele vai para a praia, como era de costume. No caminho, ele para em uma loja, compra uma mala similar da que está com o corpo e, então, transfere as roupas que estavam no saco para a mala”, falou o advogado.
Com base nessa versão, a defesa de Ieda tenta convencer a Justiça de que ela não teve nenhum envolvimento tanto na morte como na ocultação de cadáver do zelador. “Na parte da tarde, estarei entrando com um pedido de revogação da prisão temporária. Se o juiz do tribunal do júri de Santana negar, eu vou entrar com um pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça”, falou.
Ainda de acordo com Roberto, o filho do casal, que tem 11 anos, está sob os cuidados de uma amiga da família, que também cuida do pai de Eduardo, que já tem mais de 80 anos. Ainda nesta terça-feira, o casal deverá ser transferido para cadeias em dois distritos da cidade. Eduardo deve ser encaminhado para o 72º DP, na Vila Penteado, e Ieda será levada para o 89º DP, no Morumbi.
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