Servidora perdeu financiamento de casa por suposta negativação indevida do BMG

Diversos servidores públicos estaduais acusam o banco de ignorar acordos e supostamente negativar os nomes indevidamente.

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Diversos servidores públicos estaduais acusam o banco de ignorar acordos e supostamente negativar os nomes indevidamente.

Os servidores públicos estaduais que enfrentam problemas com a negativação do nome no cadastro do SPC acusam o banco BMG de ignorar supostos acordos de dívidas antigas e prejudicar a vida financeira de famílias inteiras. “Jogaram meu sonho pela janela. tenho duas filhas para criar”, diz Rosangela Aparecida Teixeira, de 42 anos.

Rosangela é servidora em Iguatemi, a 466 quilômetros de Campo Grande, e conta que perdeu o financiamento da casa própria por causa da suposta negativação indevida realizada pelo banco BMG, que pferece uma espécie de cartão de crédito aos funcionários do Governo Estadual com desconto em folha.

Mesmo com oito contratos, todos eles descontados automaticamente no pagamento, ela teve o nome inscrito no SPC, assim como vários colegas de profissão. Rosângela diz que não conseguiu explicações nem do banco, nem do Governo. “Está tudo em dia, holerite, nada irregular. Liguei no banco, falaram que pode ter ouvido pane no sistema. Acham que a gente é palhaço”, se irrita.

O caso

São vários os casos de servidores estaduais que se dizem prejudicados pelo suposto erro do Banco BMG. Eles alegam que teriam negociados dívidas antigas consignadas, mas foram negativados mesmo assim. Valtair Carlos de Moura, que trabalha na Fundação de Esportes (Fundesporte) garante que foi parar no SPC mesmo com a dívida descontada em folha.

“Já foi descontado da folha, posso provar. Isso não existe, é um absurdo”, reclama. O BMG fornece cartões para servidores estaduais que têm linha de crédito pré-estabelecida em acordo feito entre as partes. Procurado pela reportagem, o banco não se manifestou oficialmente.

Segundo a assessoria de imprensa, mais informações precisam ser levantadas para a instituição financeira emitir posicionamento. No entanto, por telefone, foi confirmado que, no caso de Valtair, o mesmo já estava com o nome removido do SPC.

O Governo do Estado informou que apenas fez a intermediação do acordo, e que não participa das transações financeiras realizadas por cada servidor junto ao BMG.

Conteúdos relacionados