Senador defende posição de Dilma na guerra entre Israel e Palestina

O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) apoiou, em pronunciamento no Plenário nesta quarta-feira (30), a decisão da presidente Dilma Rousseff de convocar o embaixador brasileiro em Tel-Aviv, Henrique Sardinha, para consultas relacionadas ao conflito entre Israel e Palestina. O Itamaraty, há alguns dias, condenou “energicamente o uso desproporcional da força por Israel na Faixa de G…

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O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) apoiou, em pronunciamento no Plenário nesta quarta-feira (30), a decisão da presidente Dilma Rousseff de convocar o embaixador brasileiro em Tel-Aviv, Henrique Sardinha, para consultas relacionadas ao conflito entre Israel e Palestina.

O Itamaraty, há alguns dias, condenou “energicamente o uso desproporcional da força por Israel na Faixa de Gaza” e o Brasil votou a favor da criação de uma comissão do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas para investigar possíveis crimes de guerra cometidos durante o conflito. Como resposta, Israel chamou o Brasil de “anão diplomático”.

Para Cristovam, Dilma agiu corretamente ao manifestar o descontentamento do povo brasileiro.

– Ela falou em meu nome – resumiu.

Ao comentar os atentados recorrentes, Cristovam Buarque pontuou duas hipóteses para a matança que se vê de civis palestinos – principalmente, mulheres e crianças. Na opinião dele, ou trata-se de “incompetência muito grande na maneira como estão atrás de alguns terroristas ou de insensibilidade moral muito grande na maneira como as Forças Armadas de Israel estão sendo usadas”.

– Jogar foguetes indiscriminadamente contra Israel é um ato terrorista, que deve ser combatido. Mas não podemos nos calar pelo fato de, ao tentar acabar com alguns terroristas, Israel estar destruindo um povo inteiro.

Na avaliação do senador, a maneira de Israel defender a sua paz é equivocada, pois há o risco de as crianças palestinas sobreviventes mais tarde serem recrutadas como soldados da guerra contra Israel. Ele classificou como “dramático” o corte de energia de uma região inteira, porque isso provoca o fechamento de hospitais e escolas, além de as famílias perderem os alimentos estocados em geladeiras.

– O futuro de Israel não se constrói com a escuridão de Gaza. Essa guerra não está compatível com o espírito humanista do povo israelense – criticou.

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