Sem ter com quem deixar o filho, vendedora vira diarista e cria grupo para arrumar emprego

Renata Cordeiro, de 23 anos, trabalhou por muito tempo como vendedora. Mas depois que ficou grávida e passou o período de licença-maternidade o horário do serviço passou a bater com o da creche, e ela se viu diante de um problema: como pegar o filho até o horário de fechamento da creche? Sem ter como […]

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Renata Cordeiro, de 23 anos, trabalhou por muito tempo como vendedora. Mas depois que ficou grávida e passou o período de licença-maternidade o horário do serviço passou a bater com o da creche, e ela se viu diante de um problema: como pegar o filho até o horário de fechamento da creche?

Sem ter como resolver e não encontrar trabalho que tivesse flexibilidade de horário o jeito foi mudar de profissão. “Eu não dava certo em serviço nenhum. Todos os trabalhos que eu conseguia o horário batia com o de pegar meu filho na escola. Foi aí que pensei, vou trabalhar como diarista”, diz.

A ideia parecia boa. Afinal, ela não teria que cumprir horários rígidos e poderia conciliar a maternidade com os horários da criança. Mas outros problemas surgiram: quem a contrataria já que não tinha experiência e nem referências.

Esperta, decidiu abrir um grupo no facebook para oferecer seus serviços e em pouco tempo não só arranjou diversos empregos para ela, como para outras diaristas. “A dificuldade que se fala em arrumar diarista é a mesma que temos para conseguir serviço”, diz.

Hoje, o grupo, que tem 150 membros, auxilia tanto quem procura pelo serviço de diarista a achar profissional, quanto quem quer trabalhar, conseguir patroa. “No fim ajudo os dois. Arrumo emprego para todo mundo”, diz.

E vendo o engajamento dos membros, ela já pensa em diversificar e conta que quer promover cursos de qualificação e fazer o feedback com quem contrata pelo grupo. “Não estou tempo, mas penso em ajudar as meninas com cursos e ver com as patroas como foi o serviço, o que precisa melhorar. Ainda não consigo fazer assim”, diz, já sonhando com algo mais profissional.

Mensalista

Apesar de o serviço de mensalista não ser o foco do grupo, ela conta que muitas pessoas entram procurando por profissionais que trabalhem desta forma. “Muita gente quer, mas ninguém mais quer trabalhar assim. Acho que está em extinção”, diz, pontuando que o trabalho não vale a pena.

“Na diária ganho R$ 80, mais o passe e a refeição, se é por mês, tem gente que quer pagar só o salário. Não dá”, diz. “Tem gente que entra no grupo e até fica brava porque não arrumo mensalista, mas o que posso fazer?”, questiona.

Acesse o grupo aqui, precisa estar conectado no facebook.

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